Elon Musk realizou uma proposta de compra de US$ 43 bilhões ao Twitter na última quarta-feira (13), mas nesta sexta-feira (15) o conselho da rede social decidiu adotar medidas temporárias para se proteger das propostas do bilionário e dono da Tesla.  

O Twitter anunciou a inclusão de um plano de direitos dos acionistas com duração limitada, deste modo fica difícil com que qualquer acionista da empresa aumente sua participação para além de 15%. A ação é conhecida como “pílula de veneno” e visa proteger a empresa de ofertas hostis, como a de Musk.  

Na sua proposta, Musk disse que estava oferecendo “um preço alto e seus acionistas vão adorar”. O empresário já é dono de cerca de 9% das ações do Twitter.  

“O Plano de Direitos não impede que o Conselho se envolva com partes ou aceite uma proposta de aquisição se o Conselho acreditar que é do melhor interesse do Twitter e de seus acionistas”, disse a empresa. 

Segundo a rede social, cada direito permitirá seu titular comprar, ao preço de exercício vigente, ações adicionais de ações ordinárias com um valor de mercado duas vezes o preço de exercício do direito.  

Elon Musk chegou a afirmar que não concorda com a atual administração do Twitter e que gostaria de fazer a rede social ser uma empresa privada. O bilionário também relatou que terá que rever sua posição como acionista caso sua proposta de compra não seja aceita.  

Twitter aciona “pílula de veneno” para se proteger de oferta de Elon Musk. Imagem: Fabio Principe/Shutterstock

“Se o negócio não der certo, já que não tenho confiança na administração nem acredito que possa conduzir a mudança necessária no mercado público, precisarei reconsiderar minha posição como acionista”, disse Musk. 

Ontem as ações do Twitter caíram 1,7%, em Nova York, isso porque o mercado já esperava que a companhia não fosse aceitar a proposta de Musk. O “Wall Street Journal” já havia relatado que a empresa poderia adotar as “pílulas de veneno”. 

Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!