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Para combater a Dengue, Zika e Chikungunya, biofábrica já soltou 32 milhões de wolbitos

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Com a missão de reduzir os casos de Dengue, Zika e Chikungunya em Mato Grosso do Sul, a Biofábrica, instalada na sede do Laboratório Central de Mato Grosso do Sul (Lacen/MS), possui capacidade de produção semanal de um milhão e meio de mosquitos (wolbitos) que contém a bactéria Wolbachia. Desde dezembro de 2020 – quando foi inaugurada –, já liberou 32 milhões de wolbitos em 33 bairros de Campo Grande com o apoio da Sesau, resultado das três fases de implantação do Método Wolbachia coordenado pela organização WMP.

Para o secretário de Estado de Saúde, Flávio Britto, o projeto representa uma ação positiva para o Estado. “É um projeto estratégico para Mato Grosso do Sul e queremos evoluir, expandir esta iniciativa para outras cidades do Estado que também sofrem com estes casos. As nossas equipes realizam o manejo para evitar o aumento de casos das arbovirores no Estado, mas para isto, contamos com a participação da população para manter os quintais, calhas e caixas d’águas limpos. Além disto, oferecemos capacitações aos profissionais junto a seus municípios para mitigar as doenças causadas pela Dengue, Zika e Chikungunya”.

32 milhões de mosquitos com Wolbachia já foram soltos em 33 bairros da Capital (Foto: Arquivo)

O gestor da WMP/Fiocruz no Brasil, Antonio Brandão, destaca que o projeto está avançando em Campo Grande. “Nós finalizamos a primeira fase, inclusive o monitoramento, e entregamos a Fase 1, que engloba 7 bairros. Já na Fase 2, estamos ainda realizando o monitoramento em 10 bairros, mas conseguimos ótimos níveis nas Fases 1 e 2. A Fase 3 foi finalizada e ainda estamos avaliando os resultados do monitoramento em 15 bairros. Na Fase 4 foram iniciadas as liberações em 7 de março, atualmente estamos na quinta semana de liberação e já foram liberados mais de 3 milhões de wolbitos em 9 bairros”.

Brandão ressalta que já foi iniciado o engajamento comunitário da Fase 5 do projeto. “Vamos envolver 21 bairros, principalmente da região central, onde temos tido reuniões de capacitação com as unidades de saúde do território, escolas municipais, Associação Comercial e Industrial de Campo Grande, Câmara dos Dirigentes Lojistas e Conselho Regional de Farmácia, para levar a informação sobre o Método Wolbachia ao máximo de pessoas possível da região central. As liberações da Fase 5 estão previstas para serem iniciadas no final de junho, começo de julho de 2022”.

Assim, quando se iniciarem as liberações na Fase 5, começa o engajamento comunitário da sexta e última fase do projeto. Em Campo Grande, a previsão é finalizar o projeto até fevereiro de 2023, com monitoramento e entrega de resultados ocorrendo até janeiro de 2024.

“Casa do Wolbito”

No sábado (16) foi finalizado o projeto piloto de DLO – “Casa do Wolbito” – na Moreninha. A “Casa do Wolbito” é um recipiente plástico contendo água e uma cápsula que já vem pronta do Rio de Janeiro com ovos de wolbitos e ração para as larvas. Naquele recipiente, os wolbitos se desenvolvem, passam por todos os estágios larvais até atingirem a forma adulta alada e saírem voando para proteger a região da Dengue, Zika e Chikungunya.

Cerca de 740 “Casas do Wolbito” foram instaladas por semana no bairro e substituídas a cada 15 dias, por 20 semanas consecutivas. Os agentes de saúde atuaram aos sábados, em forma de mutirões, instalando os dispositivos nas árvores da região, cobrindo todo o grande bairro. 

Rodson Lima, SES

Foto do destaque: Saul Schramm/Arquivo

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