O cofundador do Twitter, Jack Dorsey, utilizou a rede social para disparar vários tuítes contra o conselho da empresa, alegando que o grupo sempre foi “uma disfunção da companhia”. Ele deixou o microblog em novembro do ano passado e não foi claro sobre os possíveis problemas existentes no conselho, mas tudo indica que está do lado de Elon Musk, que ofereceu US$ 43 bilhões pelo Twitter. Apesar de não fazer mais parte da empresa, Dorsey também integra o conselho, mas seu mandato termina em maio, ou seja, dificilmente ele terá influência na negociação.  

Reprodução Twitter

Liberdade de expressão cerceada 

Ao responder a um questionamento de um internauta sobre a sua falta de interferência para resolver as pendências do conselho, Dorsey expressou frustração, alegando que não tem liberdade para falar o que pensa. “Tanto a dizer… mas nada que possa ser dito”, tuitou Dorsey.

O que gerou a conversa foi uma postagem feita pelo capitalista de risco Gary Tan, que disse o seguinte: “O parceiro errado em seu conselho pode literalmente fazer um bilhão de dólares evaporarem. Essa não é a única razão por trás dos fracassos de startups, mas acontece com muita frequência.” Dorsey respondeu simplesmente: “É verdade.” Em seguida, falando com outro usuário, o empresário disse que o conselho “sempre foi o maior problema da empresa”. 

Twitter em busca da melhor oferta

Os tweets de Dorsey vêm após duas semanas de agitação na empresa de mídia social em razão da entrada do CEO da Tesla no conselho após adquirir uma participação de 9,2% nas ações da empresa. Em seguida, veio a proposta de compra no valor altamente atrativo. 

Elon Musk também utilizou o Twitter para criticar as ações do conselho, afirmando que se o negócio for bem-sucedido a rede social terá um salto na gestão, com economias na ordem de US$ 3 milhões por ano. 

Outros compradores em potencial, incluindo a empresa de private equity Thoma Bravo, também estão fazendo ofertas pelo Twitter. 

Disputa de lances 

No dia 4 de abril, Elon Musk anunciou a compra de 9,2% do Twitter. Com a notícia, as ações da empresa subiram 25%. Ele, então, foi convidado para fazer parte do conselho, mas acabou recusando a cadeira. 

No entanto, o homem mais rico do mundo aproveitou o bom momento para fazer uma oferta para comprar a rede social por cerca de US$ 43 bilhões e já conta com apoio de muitos usuários da rede social por meio de várias enquetes, como a realizada pela página Bitcoin Archive.

Imagem: Reprodução Twitter
Imagem: Reprodução Twitter

Diante da proposta, o Twitter adotou um plano de duração limitada de direitos dos acionistas para se proteger da oferta do empresário bilionário. 

O plano expira no dia 14 de abril de 2023, deixando o futuro da rede social em um cenário incerto, inclusive com especulações de outras empresas que poderiam ter interesse na compra, como Microsoft, Amazon e o fundo de venture capital Thoma Bravo. 

Dentro desse cenário de disputa pelos melhores lances, quem tem a maior porcentagem do Twitter é o Vanguard Group, que detém 10,3% do negócio, ou seja, muitos rounds terão pela frente sob os olhares de Elon Musk e seus concorrentes. 

Via: Reuters

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