A NASA usou tecnologia da empresa de tecnologia Aexa Aerospace para “enviar” um “médico holográfico” para a Estação Espacial Internacional (ISS), em uma ação experimental em outubro de 2021. Segundo a agência e a companhia, essa pode ser uma nova forma de exploração espacial, que não requer a nossa presença física no espaço, mas leva para lá “a nossa essência”.
O médico enviado foi o cirurgião de voo da NASA, o Dr. Josef Schmid, que saudou os inquilinos da ISS com a famosa “saudação vulcana”, eternizada pelo ator Leonard Nimoy na série Star Trek, onde viveu o personagem chamado “Sr. Spock”.
“Não importa se a estação espacial está viajando a 28 mil km/h e em constante movimento a 400 km acima da superfície da Terra, o astronauta pode voltar para cá com três minutos ou três semanas de operação do semana, e nós podemos chegar lá na hora, ao vivo, da ISS”, disse Schmid.
Schmid conversou com Thomas Pesquet, astronauta da agência espacial europeia (ESA), na ocasião. Segundo ambos, o projeto fez uso de um sistema HoloLens, da Microsoft, mas com um sistema de softwares criados exclusivamente pela Aexa. Em essência, os dois sistemas, quando combinados, permitem a transmissão ao vivo de imagem e som em 3D tanto de quem envia como quem recebe a mensagem.
Em suma, você não apenas “vê” o objeto na outra linha, mas interage com ele e o ouve também. A tecnologia em si não é nova (no Brasil, ela já foi demonstrada em apresentações de telemedicina em grandes eventos), mas é a primeira vez que ela é testada, com sucesso, em um ambiente tão extremo, com as pontas da “ligação” tão distantes entre si.
O próximo passo é criar um formato que permita o envio simultâneo de imagens e sons entre todos os participantes da chamada. “Imagine ser capaz de chamar o melhor instrutor ou o autor de uma tecnologia complexa que está ao seu lado sempre que você precisar trabalhar com ela”, disse Schmid.
“Mais além”, continuou o médico, “nós vamos combinar essa realidade aumentada com feedback háptico”, em referência à tecnologia capaz de simular a sensação de toque por meio de sensores e motores (pense no controle do PlayStation 5 ou do Xbox Series X, só que escalados para operarem “no padrão NASA”). “Vocês poderão operar esse dispositivo juntos, assim como dois cirurgiões durante a mesma operação. Isso deixaria todos descansados ao saberem que o time está trabalhando junto – com o perdão do trocadilho – em um hardware essencial para uma missão”.
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Fonte: Olhar Digital
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