A Eve Air Mobility, empresa voltada para Mobilidade Aérea Urbana (UAM, na sigla em inglês) e subsidiária da Embraer, está firmando uma parceria voltada para o desenvolvimento de um veículo elétrico de decolagem e pouso vertical (eVTOL) no Brasil. Junto à francesa Thales, a estratégia envolve uma série de estudos conjuntos ao longo de 12 meses contemplando aspectos técnicos, econômicos e a viabilidade adaptável de uma aeronave 100% elétrica.

Dentre as competências da Thales, há soluções tecnológicas, serviços e produtos nas áreas de defesa, aeronáutica, aeroespacial, transporte, identidade digital e mercados de segurança. Os trabalhos da parceria envolvendo a subsidiária da Embraer também terão como norte o desenvolvimento de sistemas de aviação, elétricos, de controle de voo, navegação, comunicação e conectividade.

eVTOL como um modo de transporte eficaz e sustentável

A empresa francesa vê na Embraer a liderança da empresa brasileira em nosso país e no mundo. As duas já trabalham juntas há mais de trinta anos – e o desenvolvimento de um eVTOL junto à Eve “vai alavancar essa parceria também”, disse André Stein. O co-CEO da subsidiária da Embraer aponta para o compromisso de sua empresa “em oferecer um novo modo de transporte urbano eficaz e sustentável” que será fortalecido com a iniciativa.

Para Yannick Assouad, vice-presidente executivo de aviação da Thales, a indústria de modelos eVTOL “vem para ficar e trará muitas vantagens para o país, principalmente no que diz respeito ao meio ambiente, devido ao uso de energia limpa”. O grupo francês possui cerca de 81 mil funcionários em 68 países.

Tanto o Centro de Tecnologia Espacial da Thales, em São José dos Campos (SP), quanto o recém-inaugurado Centro de Aeronaves, em São Bernardo do Campo (SP), darão suporte às equipes da Eve e da Embraer que trabalham no projeto. Engenheiros da empresa na França, Canadá e Estados Unidos também estarão participando dos trabalhos.

A Eve, por sua vez, vem se destacando junto no segmento eVTOL, como foi em outubro do ano passado, por exemplo. Sendo a primeira empresa a se formar na EmbraerX (aceleradora de startups da empresa brasileira), a subsidiária da Embraer recebeu um pedido de 100 eVTOLs para frota de “táxis voadores” na América Latina até 2026.