Uma jovem indígena de 12 anos foi diagnosticada com raiva humana em Minas Gerais, na última terça-feira (19). Esse é o segundo caso confirmado no estado nos últimos dias e um terceiro, de uma criança de 5 anos, está sob investigação.
Antes de Zelilton Maxacali, também de 12 anos, que morreu em 4 de abril, o estado estava há 10 anos sem novos registros da doença. A jovem com o caso confirmado nesta semana está internada em uma UTI de Belo Horizonte.
O terceiro caso, que ainda não foi confirmado, trata-se de uma criança de cinco anos, moradora de uma área rural de Bertópolis, que morreu no último domingo (17). Apesar de não haver sintomas da doença, a hipótese é investigada e o sangue da criança foi coletado para análise.
Entenda a raiva humana
De acordo com o Ministério da Saúde, a raiva humana é uma doença que afeta o sistema nervoso central e acomete o portador por meio de um vírus geralmente transmitido por outro mamífero, sendo o morcego um dos mais comuns deles. A doença possui uma taxa de mortalidade próxima a 100% e normalmente mata o paciente entre 5 e 7 dias após o início dos sintomas.
Não existe tratamento eficaz contra a raiva humana, o protocolo, após os sintomas, consiste na indução de coma profundo, uso de antivirais e outros medicamentos específicos. No entanto, existe a vacina antirrábica, que precisa ser aplicada o mais rápido possível para evitar o início da doença.
Os sintomas só aparecem quando o vírus atinge o cérebro, normalmente cerca de 45 dias após a infecção, mas esse período de incubação pode ser menor em crianças e adolescentes. Os primeiros sintomas são parecidos com os sintomas da gripe, como: mal-estar geral, sensação de fraqueza, dor de cabeça, febre baixa e irritabilidade. Na medida que o vírus acomete o cérebro, sintomas como alucinações, confusão mental e outros problemas de origem neurológica podem surgir.
Fonte: Olhar Digital
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