Uma escola de Nova Jersey, nos Estados Unidos, teve pelo menos 102 ex-alunos diagnosticados com vários tipos raros de câncer, incluindo grandes tumores cerebrais. Segundo investigações, a causa pode ser o fato de a escola ter sido construída em cima de solo radioativo.

Os casos foram coletados por um indivíduo local, que reuniu os relatos de pelo menos 102 pessoas que foram diagnosticadas com tipos raros de câncer desde que frequentaram a mesma escola. Um desses casos, inclusive, era o do próprio investigador, o cientista ambiental Al Lupiano.

Uma família destruída

Lupiano foi diagnosticado com um câncer raro e anormalmente grande. Além dele, sua esposa e sua falecida irmã, que também estudaram na mesma escola, foram diagnosticadas com cânceres parecidos e igualmente raros no mesmo dia.

Escola foi construída a cerca de 30 minutos de uma usina nuclear desativada. Crédito: Prefeitura de Woodbridge/Divulgação

“Minha esposa e eu podemos ser o primeiro caso documentado de cônjuges com esse tipo de câncer, tumores aproximadamente do mesmo tamanho e do mesmo lado da cabeça”, disse Lupiano. Segundo o médico do casal, as chances de algo desse tipo acontecerem é de uma em um bilhão.

Lupiano, que é cientista ambiental, disse que encontrou um elo quando pessoas que não moram mais na área o procuraram para informá-lo que também tinham alguns tipos raros de câncer. Esses indivíduos iam desde ex-alunos, até ex-funcionários e ex-professores da escola.

Escola era próxima de uma usina nuclear

Lupiano então se atentou ao fato de que a Usina de Amostragem de Middlesex, que importava minério de urânio, ficava a uma distância de 30 minutos da escola, em uma viagem de carro. A usina recebeu importações de minérios radioativos entre a década de 1940 e o ano de 1967.

Quando a escola foi construída, as importações pararam, mas o risco de contaminação pode ter sido negligenciado. A suspeita de Lupiano é que material radioativo poderia ter sido levado à escola pelo vento e pelas chuvas, e se assentado no solo da unidade escolar.

Até o momento, não existe nenhuma ação legal contra a usina nuclear ou contra o governo. Porém, é possível que seja aberta uma investigação para apurar quem podem ser os responsáveis pelo surgimento desses tipos raros de câncer em mais de uma centena de pessoas.

“Eu nunca, no meu pior pesadelo, imaginei atingir esse marco. São 100 pessoas com suas vidas mudadas para sempre. 100 famílias tendo que saber das terríveis notícias”, disse Lupiano em uma postagem em sua conta no Facebook.

Via: Futurism

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