A empresa norueguesa Havila Kystruten teve que interromper as operações de seu recém-lançado navio de cruzeiro ecológico Havila Capella no início desta semana. Isso porque, embora a embarcação tenha sido montada na Escandinávia, o financiamento veio por uma empresa da Rússia chamada GLTK, com sede em Hong Kong.
Segundo a publicação Offshore Energy, a GLTK é de propriedade do Ministério dos Transportes da Rússia. Desta forma, o navio de cruzeiro norueguês, indiretamente, é financiado pelo governo russo, caindo na malha fina das sanções impostas por UE e Estados Unidos ao país.
A Havila Kystruten afirma que está trabalhando “em todos os canais possíveis” para solucionar o problema de forma temporária — o navio ecológico saiu de operação no último dia 14 de abril. Isso porque o Havila Capella é apenas um dos quatro navios híbrido-elétricos que a fabricante planejava construir, como parte de uma parceria com o Ministério de Transportes e Comunicações da Noruega.
Em busca de uma nova forma de financiar sua frota, a Havila também garantiu que não irá vender ou ceder a embarcação ao governo. Em comunicado à imprensa, a companhia afirmou que “o financiamento e o registro formal não alteram o fato de a Havila Kystruten controlar e operar o Havila Capella” até que uma resolução jurídica seja encontrada.
Potência equivalente à de 600 Teslas topo de linha
Alimentado por uma das maiores baterias do mundo, o Havila Capella mede 124 metros e é capaz de transportar 640 passageiros. Com conceito de propulsão sustentável, a Havila promete economizar 60 toneladas de resíduos por ano com a operação do navio ecológico.
Além de ser abastecido com GNL (gás natural liquefeito), o Capella possui baterias de 86 toneladas — a empresa norueguesa alega que a capacidade do veículo é equivalente a 600 Teslas topo de linha. O navio foi operado para operar entre Bergen e Kirkenes, ao longo da costa do país.
Crédito da imagem principal: Havila Kystruten/Divulgação
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Fonte: Olhar Digital
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