Embora a Ford esteja avançando em seu caminho rumo à eletrificação, como vimos em fevereiro, por exemplo, os motores a combustão (ICE) ainda fazem parte de seus planos de longo prazo. A empresa garantiu aos funcionários da Unifor Local 200 (sindicato que representa trabalhadores de fábricas de motores Ford em Windsor, cidade do Canadá) que vê os motores ICE produzidos em suas instalações como uma importante oferta de produtos até 2040.
O vice-presidente de manufatura americana da Ford, John Savona, e seu vice-presidente de assuntos trabalhistas, Kevin Legel, reuniram-se recentemente com os representantes sindicais no Canadá. De acordo com o presidente da Local 200, John D’Agnolo, a montadora ainda está longe de sair do lado da combustão quando se trata de caminhonetes.
Tudo ainda estável para os motores a combustão
D’Agnolo admitiu que estava um pouco ansioso antes da reunião. A empresa iniciará neste mês a produção da picape elétrica Ford F-150 Lightning com sua cota de produção anual já esgotada. “Eles não veem até 2040 antes de saírem do lado da combustão” disse o representante sindical. “No momento, analisei seus planos para os próximos três anos e está estável em ambos os locais (Essex Engine, Annex Engine) [fábricas de motores a combustão Ford no Canadá]. Fiquei bastante feliz com isso”.
Uma das fábricas, a Essex Engine, atualmente fabrica o Coyote V8 de 5,0 litros usado no Ford Mustang e o Godzilla V8 de 7,3 litros, que alimenta a Ford F-250 e a F-350. “Neste momento, esses motores de caminhão são o pão com manteiga e eles não vão fazer nenhuma mudança quando se trata disso”, disse D’Agnolo.
O representante mencionou o prazo de 2035 do governo local para que todos os carros e caminhonetes leves sejam totalmente elétricos, mas os modelos pesados não estão incluídos na proibição. Enquanto o motor de 5,0 litros pode desaparecer, o de 7,3 litros e o próximo V8 de 6,8 litros vão avançar ininterruptamente. D’Agnolo diz não achar que as mudanças sejam capazes de realizar “a transição dos caminhões pesados muito rapidamente”.
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Fonte: Olhar Digital
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