Apesar das inovações tecnológicas e de desempenho na nova Série 7 da BMW — que inclui o recém-lançado sedã i7 —, alguns itens de design, como a ampla grade dianteira, não foram tão bem recebidas.

O jornalista Frédéric von Wenz, por exemplo, evocou no Twitter a primeira geração do Série 7 dos anos 1970 e 80 para criticar o novo carro. “Quando o BMW Série 7 era uma beleza”, disse von Wenz, em seu perfil na rede de microblogs.

Já outro tuiteiro, ForPitsSake, mencionou o fato de a grade do novo BMW ser parecida com um Hongqi — antiga marca de luxo da China, hoje subsidiária do grupo FAW —, o que não necessariamente parece um elogio. “A BMW realmente está perdendo, heim?”, questionou. “Da enorme grade à atrocidade na área dos faróis. Aqui está a feia nova Série 7, que parece pior do que um Hongqi.”

De qualquer forma, a BMW não parece estar preocupada com os tradicionalistas. Na visão do chefe de design da marca, Domagoj Dukec, dois terços dos clientes querem uma estética “harmoniosa e elegante”, o que faz das Séries 3 e 5 as mais vendidas no mercado. No entanto, os outros 33% da clientela querem uma abordagem diferenciada.

Por conta disso, a Série 4 e a nova Série 7 com sua ampla grade, segundo Dukec, atendem a clientes da BMW que querem se destacar e “desejam polarizar”. “No passado, o Série 4 era apenas um Série 3 esportivo, mas esses clientes são diferentes”, explicou o projetista, em entrevista à publicação Car Magazine. “Eles querem um carro mais irracional e estão dispostos a pagar mais por essa expressão emocional e se autoafirmar.”

BMW i7
BMW i7 (BMW/Divulgação)

“Conceito de beleza pode ser polarizador”, diz diretor do grupo BMW

Esta é a mesma visão do diretor de design do grupo BMW, Adrian van Hooijdonk. Para o projetista, um bom design de carro não precisa polarizar, mas o conceito de beleza, às vezes, “pode ser polarizador”.

“Se um tipo de cliente estiver procurando por um carro bonito e atemporal, vamos projetar”, explicou van Hooijdonk, à mesma publicação. “Mas também há clientes que procuram algo como um X6, o que é certamente polarizador — ou você ama ou odeia. Essa abordagem não funcionaria para um Série 3 ou um Série 5 porque eles vendem em maiores volumes, então não é possível encontrar uma solução.”

Apesar das críticas, a BMW teve em 2021 o seu melhor ano na história, com 2.213.795 carros vendidos — mesmo em meio à crise dos semicondutores e à pandemia de Covid-19. A marca de Munique venceu cerca de 120 mil carros a mais do que a Mercedes-Benz e em torno de 530 mil a mais do que a Audi.

Crédito da imagem principal: BMW/Divulgação

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