
Apesar das inovações tecnológicas e de desempenho na nova Série 7 da BMW — que inclui o recém-lançado sedã i7 —, alguns itens de design, como a ampla grade dianteira, não foram tão bem recebidas.
O jornalista Frédéric von Wenz, por exemplo, evocou no Twitter a primeira geração do Série 7 dos anos 1970 e 80 para criticar o novo carro. “Quando o BMW Série 7 era uma beleza”, disse von Wenz, em seu perfil na rede de microblogs.
#NewHeader
When the #BMW#7Series/#7er was a beauty. pic.twitter.com/5MThnX9kFR— Frédéric von Wenz
(@UltimativCars) April 21, 2022
Já outro tuiteiro, ForPitsSake, mencionou o fato de a grade do novo BMW ser parecida com um Hongqi — antiga marca de luxo da China, hoje subsidiária do grupo FAW —, o que não necessariamente parece um elogio. “A BMW realmente está perdendo, heim?”, questionou. “Da enorme grade à atrocidade na área dos faróis. Aqui está a feia nova Série 7, que parece pior do que um Hongqi.”
BMW really is losing it ei? From the big grill to whatever atrocity is going on in the headlight area.
Anyways, here’s the new ugly 7 series, that looks worse than a Hongqi (frame 2) pic.twitter.com/tFovjmQSFE
— ForPitsSake (@brokensuit44) April 21, 2022
De qualquer forma, a BMW não parece estar preocupada com os tradicionalistas. Na visão do chefe de design da marca, Domagoj Dukec, dois terços dos clientes querem uma estética “harmoniosa e elegante”, o que faz das Séries 3 e 5 as mais vendidas no mercado. No entanto, os outros 33% da clientela querem uma abordagem diferenciada.
Por conta disso, a Série 4 e a nova Série 7 com sua ampla grade, segundo Dukec, atendem a clientes da BMW que querem se destacar e “desejam polarizar”. “No passado, o Série 4 era apenas um Série 3 esportivo, mas esses clientes são diferentes”, explicou o projetista, em entrevista à publicação Car Magazine. “Eles querem um carro mais irracional e estão dispostos a pagar mais por essa expressão emocional e se autoafirmar.”

“Conceito de beleza pode ser polarizador”, diz diretor do grupo BMW
Esta é a mesma visão do diretor de design do grupo BMW, Adrian van Hooijdonk. Para o projetista, um bom design de carro não precisa polarizar, mas o conceito de beleza, às vezes, “pode ser polarizador”.
“Se um tipo de cliente estiver procurando por um carro bonito e atemporal, vamos projetar”, explicou van Hooijdonk, à mesma publicação. “Mas também há clientes que procuram algo como um X6, o que é certamente polarizador — ou você ama ou odeia. Essa abordagem não funcionaria para um Série 3 ou um Série 5 porque eles vendem em maiores volumes, então não é possível encontrar uma solução.”
Apesar das críticas, a BMW teve em 2021 o seu melhor ano na história, com 2.213.795 carros vendidos — mesmo em meio à crise dos semicondutores e à pandemia de Covid-19. A marca de Munique venceu cerca de 120 mil carros a mais do que a Mercedes-Benz e em torno de 530 mil a mais do que a Audi.
Crédito da imagem principal: BMW/Divulgação
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Fonte: Olhar Digital
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