A superfície da Europa, uma das quatro principais luas de Júpiter, é coberta por uma crosta de gelo de 20 quilômetros de profundidade marcada por misteriosas linhas duplas escuras chamadas linae. Agora, um novo estudo comparando a superfície da Europa com a crosta de gelo da Groenlândia na Terra pode esclarecer o que essas linhas realmente são.
A lua Europa é coberta por linhas paralelas elevadas, com centenas de quilômetros de comprimento. Cada setor da superfície do satélite é marcado com uma matriz cruzada dessas linhas duplas, mas os cientistas nunca tiveram certeza de como elas se formaram.
É aí que entram as linhas duplas de gelo na Groenlândia, que surgiram há cerca de dez anos e escondem grandes bolsões de água logo abaixo da superfície. Cientistas atravessaram a crosta de gelo da Groenlândia usando radar, e as varreduras mostraram água abaixo das linhas.
“Esta é a primeira vez que vimos linhas duplas como essas na Terra”, disse Riley Culberg, estudante de pós-graduação da Universidade de Stanford e principal autor do novo estudo, ao Space.com.
Estudando as linhas da Groenlândia, Culberg e seus colegas teorizaram que as linhas duplas, tanto na Terra quanto na Europa, são formadas por água subterrânea que surge através de rachaduras na superfície do gelo e volta a congelar. Se a explicação estiver correta, é um indício de que Europa pode ter mais do que apenas um oceano escondido, a lua também pode conter água em bolsões logo abaixo da superfície do gelo.
Encontrar esses bolsões de água pode ser mais um objetivo para futuras sondas enviadas para a lua Europa, como a missão Europa Clipper da NASA que deve ser lançada em 2024.
Via: Space.com
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Fonte: Olhar Digital
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