Após flexibilizar medidas durante novo surto da Covid-19, Xangai registrou apenas neste domingo (24) mais 39 mortes, segundo apontou Dados da Comissão Nacional de Saúde da China – o maior número desde o início do confinamento neste mês. Agora, a contagem eleva o total para 87 óbitos nos últimos dias na cidade, que já soma quase 22.000 novas infecções por coronavírus.
Corroborando com os números, a capital chinesa, Pequim, fez um alerta sobre o aumento das infecções e declarou que a escalada nos casos é uma situação difícil, segundo informou a agência de notícias francesa AFP. A cidade também registrou novos casos, alcançando mais 22 infecções, o que provavelmente levará a região a aderir medidas mais restritivas e urgentes para conter o surto.
Pang Xinghuo, autoridade sanitária da capital, disse que observações preliminares sugerem que a infecção “se espalhou de forma invisível” por uma semana, afetando “escolas, grupos de turismo e muitas famílias”.
“O risco de transmissão contínua e oculta é alto e a situação é difícil”, disse Tian Wei, funcionário da prefeitura de Pequim, a repórteres. “A cidade inteira deve agir imediatamente”, acrescentou.
Xangai, considerada a maior cidade da China, está sob um bloqueio quase total desde o início de abril, o que atingiu suas cadeiras de suprimentos. As primeiras mortes na região foram relatadas em 18 de abril, no entanto, diversos locais estão registrando diariamente novos casos de Covid-19, o que tem preocupado o país. A China é a segunda maior economia do mundo e luta há dois anos com bloqueios severos para tentar atingir a “Covid zero”.
No dia 20 de abril, uma flexibilização foi comunicada pela cidade, que autorizou a volta dos cidadãos às ruas. A nova regra permite que mais de 12 milhões de pessoas – cerca da metade dos habitantes – voltem a circular somente por seus bairros. Foram registrados na China mais 19.927 novos casos da doença, sendo Xangai responsável por 95% do montante.
Fonte: Olhar Digital
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