“Existem hoje dois cenários, um antes da pandemia, que estava indo muito bem, com um aumento do número de pacientes descobrindo o câncer de mama no começo da doença. Mas há também um cenário após o começo da pandemia, em que as mulheres passaram a ter medo de vir fazer o exame”, comenta a Dra. Vivian Milani, médica radiologista da FIDI, para o Olhar Digital.

A especialista ainda ressalta que nas últimas décadas houve mais informação sobre o câncer de mama circulando na mídia e as mulheres começaram a procurar mais fazer o exame. “Pelas mídias sociais as mulheres começaram a fazer o autoexame e a mamografia. Tinham várias campanhas, não só o outubro rosa, a gente estava vindo de um cenário bom”, explicou.

mulher realizando mamografia
Imagem: Shutterstock

Sinais de alerta do câncer de mama

Segundo o Ministério da Saúde, o câncer de mama se apresenta como um nódulo palpável em 90% dos casos. No entanto, além desse, existem outros quatro sinais que podem indicar algo de errado:

  • Retrações de pele e do mamilo que deixam a mama com aspecto de casca de laranja
  • Saída de secreção aquosa ou sanguinolenta pelo mamilo, chegando até a sujar o sutiã
  • Vermelhidão da pele da mama
  • Pequenos nódulos palpáveis nas axilas e/ou pescoço
  • Nódulos palpáveis nos seios

“O próprio diagnóstico precoce do câncer de mama, faz toda diferença do achado inicial quando comparado a lesão de uma versão mais avançada. A gente indica a realização de mamografia como forma de rastreamento”, completa a médica, destacando a importância do exame preventivo do câncer de mama.

De acordo com a especialista, caso haja alguma suspeita, é importante procurar um médico para realizar exames. A detecção rápida do câncer de mama é crucial para o sucesso do tratamento. “Nem todo nódulo é câncer, por isso é importante que haja uma investigação”, finaliza a Dra. Milani.