Agora é oficial. Elon Musk é o novo dono do Twitter. O anúncio da compra foi divulgado nesta segunda-feira (25), após duas semanas de especulações em torno do negócio. A compra foi efetuada por US$ 44 bilhões, um bilhão de dólares a mais do que a proposta inicial de US$ 43 bilhões. O valor é referente a US$ 54,20 por ação e, agora, o Twitter se tornará uma companhia privada, sob gestão da X Holdings. A notícia chega logo após o fechamento do pregão das principais Bolsas de Valores do mundo. Na de Nova York, as ações do Twitter subiram 4%, atingindo o valor de US$ 50,62 cada uma.

Em um tuíte escrito no começo da tarde, o dono da Tesla já demonstrava as evidências sobre a concretização do negócio.

“Espero que até meus piores críticos permaneçam no Twitter, porque é isso que significa liberdade de expressão”, escreveu Musk.

Negociação truncada

A compra do Twitter pelo homem mais rico do mundo foi um negócio difícil de ser concretizado. Ela só foi possível após Musk divulgar como levantaria o montante oferecido pelo microblog.

O plano de financiamento foi apresentado à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA e prevê dois empréstimos: um de US$ 25,5 bilhões e outro de US$ 21 bilhões.

O primeiro seria um empréstimo com taxas de juros e, o segundo, teria como garantia os patrimônios pessoais do empresário. Ambos seriam concedidos pelo Morgan Stanley Senior Funding e todos no nome de Elon Musk, sem abertura para possíveis parceiros comerciais.

Idas e vindas

Antes da compra ser efetuada, Musk enfrentou diversos problemas com o conselho do Twitter, que chegou a anunciar medidas restritivas para impedir o negócio a curto prazo em um plano que ficou conhecido como “pílula de veneno”.

O plano proíbia a compra de mais de 15% por qualquer acionista e visava proteger a empresa de ofertas hostis, como a realizada pelo bilionário.

A rede social também estava diante de ofertas de outras gigantes da tecnologia, como Microsoft, Amazon e o fundo de venture capital Thoma Bravo. Mas nenhuma delas teve a audácia de cobrir a oferta de US$ 43 bilhões.

Empresa para gestão do Twitter já foi criada

A obsessão de Elon Musk pelo Twitter levou o empresário a criar a X Holdings, que terá em seu guarda-chuva a Tesla, Space X, Bring Company e Twitter. As novas empresas foram registradas no estado de Delaware, nos Estados Unidos.

A holding tem a função de obter a posse majoritária das ações de outras empresas, que se tornam suas subsidiárias. Um exemplo disso é a Meta, que pode ser compreendida como uma holding, que tem como subsidiárias Facebook, WhatsApp e Instagram.