Arqueólogos desenterraram as ruínas de um antigo templo para o deus grego Zeus no Egito, revelou o governo do país na segunda-feira (25).
Segundo um comunicado emitido pelo Ministério do Turismo e Antiguidades, as ruínas do templo foram encontradas no sítio arqueológico Tell el-Farma, no noroeste da Península do Sinai.
Também conhecido pelo seu antigo nome Pelusium, o sítio arqueológico remonta ao final do período faraônico, bem como aos tempos greco-romano e bizantino. Também há restos datando dos períodos cristãos e islâmicos primitivos.
Mostafa Waziri, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, disse que arqueólogos escavaram as ruínas do templo através de seu portão de entrada, onde duas enormes colunas de granito caídas eram visíveis. O portão foi destruído em um poderoso terremoto nos tempos antigos, disse Waziri.
Segundo ele, as ruínas foram encontradas entre o Forte de Pelusium e uma igreja memorial no local. Arqueólogos encontraram um conjunto de blocos de granito provavelmente usados para construir uma escadaria para os adoradores chegarem ao templo.
Ainda de acordo com o comunicado, as primeiras escavações na área datam do início de 1900, quando o egiptólogo francês Jean Clédat encontrou inscrições gregas antigas que mostravam a existência do templo de Zeus-Kasios, mas ele não o desenterrou. O nome Zeus-Kasios é a junção de Zeus, o Deus do céu na mitologia grega antiga, com o Monte Kasios, na Síria, onde ele já foi adorado.
Hisham Hussein, diretor de sítios arqueológicos do Sinai, disse que os especialistas vão analisar os blocos desenterrados e farão uma pesquisa de fotogrametria para ajudar a determinar o projeto arquitetônico do templo.
As ruínas do templo são as mais recentes de uma série de descobertas antigas que o Egito tem divulgado nos últimos anos na esperança de atrair mais turistas. O turismo local vem se recuperando da turbulência política após a revolta popular de 2011, que derrubou o autocrata Hosni Mubarak. O setor também sofreu mais golpes pela pandemia de Covid-19 e, mais recentemente, pela invasão da Ucrânia pela Rússia.
Fonte: Olhar Digital
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