A oferta de serviços e software em nuvem é a grande aposta da Microsoft para os próximos anos e deve contribuir para um considerável crescimento da empresa, que deve registrar cerca de US$ 49 bilhões em vendas no trimestre encerrado em março. Trata-se de um aumento de quase 18% em relação ao ano anterior. Segundo analistas, o lucro líquido da gigante da tecnologia deve chegar aos US$ 16 bilhões, o que representa um crescimento de 6,2%.
O anúncio oficial dos lucros deve acontecer ainda nesta terça-feira (26), após o fechamento do mercado financeiro. E esse avanço aconteceu principalmente por conta do aumento da demanda por software de negócios em razão da necessidade de isolamento social imposta pela pandemia. Isso aumentou a demanda por aplicativos de escritório da Microsoft, bem como seus serviços de infraestrutura em nuvem.
Na cola da Amazon Web Services
Apesar do avanço nos serviços em nuvem, a Microsoft enfrenta quedas de 15% em suas ações e ainda é o segundo fornecedor de infraestrutura em cloud computing, ficando atrás da Amazon Web Services.
Enquanto a Amazon detém 40% do mercado, a Microsoft abocanha 20%, porcentagem bem superior aos 7% registrados em 2016, ou seja, a empresa está em plena ascensão no segmento.
Ações antitruste
Esse impulso também vem sendo motivo de várias críticas na Europa, onde a Microsoft enfrenta queixas antitruste arquitetadas por suas principais rivais.
A empresa francesa OVHcloud, por exemplo, apresentou uma reclamação sobre os termos de licenciamento que, segundo ela, tornam os produtos da Microsoft mais caros para uso em nuvens.
O Departamento de Justiça está investigando as maiores empresas de tecnologia dos EUA por comportamento supostamente monopolista.
No entanto, a gigante da informática enfrenta processos similares há mais de 20 anos e está bem habituada com a rotina dos tribunais.
Sobre o caso mais recente, um porta-voz da Microsoft informou que está avaliando como pode trabalhar melhor com os parceiros.
Maior compra de todos os tempos
Em janeiro deste ano, a Microsoft comprou a Activision Blizzard Inc por US$ 75 bilhões, na maior aquisição de todos os tempos, sendo agora a proprietária de franquias de vários games de sucesso, como Call of Duty, World of Warcraft e Candy Crush.
O acordo deve reforçar o serviço de assinatura Game Pass da Microsoft , que oferece inúmeros jogos por uma taxa mensal.
O braço de videogame gerou cerca de 10% da receita da empresa em 2021 e deve se transformar em negócio prioritário, utilizando a infraestrutura em nuvem para assumir a liderança em um setor emergente e com alta demanda.
Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!
Fonte: Olhar Digital
Comentários