Alemanha muda sua política pela segunda vez e informa que vai enviar armamento pesado para os ucranianos poderem se defender dos ataques russos
Um dia após a Rússia chamar atenção dos Estados Unidos devido ao envio de ajuda militar para a Ucrânia e dizer que eles “estão inflamando o conflito”, e do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Seguei Lavrov, dizer que há chances de uma Terceira Guerra Mundial, o governo norte-americano se reuniram nesta terça-feira, 26, na Alemanha com representantes de 40 países aliados para discutir o envio de mais armas à Ucrânia e ajudar o país a enfrentar a Rússia na guerra que já dura três meses. O encontro foi presidido pelo secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, que esteve em Kiev no domingo, 24, junto com o secretário de estado, Antony Blinken, para uma conversa com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Essa reunião vem ao mesmo tempo em que o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, se encontrou com Sergei Lavrov em Moscou e pediu um cessar-fogo o “mais rápido possível”.
As iniciativas do Ocidente e o crescente auxílio de apoio militar à Ucrânia mostra que eles ignoram as ameaças russas. Desde o início do conflito, os ucranianos já receberam mais de US$ 7 bilhões, sendo US$ 3,7 bilhões só dos Estados Unidos – o país se fixou como o maior provedor do que o chanceler russo chamou de “guerra por procuração” do Ocidente contra a Rússia. No encontro desta terça, Austin, que na segunda-feira já havia informado que o país do Leste Europeu tem chance de ganhar a guerra desde que tenha os equipamentos certos, conseguiu reunir mais recursos para enviar à Ucrânia. A Alemanha, que anteriormente já foi contra suas regras ao anunciar o envio de ajuda militar para um país em guerra, mudou mais uma vez sua política e anunciou o envio de armamento pesado, como tanques do tipo “Guepard” – usado para proteger colunas de blindados de ataques aéreos com canhões. “Decidimos que a Alemanha vai enviar tanques antiaéreos ‘Gepard’ para a Ucrânia”, afirmou a ministra da Defesa, Christine Lambrecht.
França, Reino Unido e República Tcheca também se comprometeram em continuar contribuindo, e vão enviar armas de ataque depois de muita recusa em tomar essa decisão. Mike Jacobson, especialista civil em artilharia, afirmou que os países ocidentais pretendem dar condições à Ucrânia de responder aos bombardeios russos de longo alcance, que têm como objetivo provocar o recuo das forças de Kiev antes da presença de tanques e soldados para ocupar o território. De acordo com o analista, os ocidentais esperam que, com melhores equipamentos de defesa antiaérea, drones de ataque e apoio no setor de inteligência, a Ucrânia consiga destruir parte do poder de fogo russo. Desde a invasão russa, ocorrida em 24 de fevereiro, o Instituto da Economia Mundial de Kiev informou que 31 países deram ajuda à Ucrânia, a maioria de forma militar.
*Com informações da AFP
Fonte: Jovem Pan News
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