Sexta-feira, Novembro 22, 2024
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Bolsonaro se reúne com representantes do WhatsApp no Palácio do Planalto

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Segundo o ministro Fabio Faria, a empresa esclareceu que a decisão sobre adiar o lançamento da ferramenta ‘Comunidades’ para depois das eleições deste ano não foi motivada pelo acordo com o TSE

O presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniu na manhã desta quarta-feira, 27, com representantes do WhatsApp para conversar sobre o lançamento do “Comunidades” — uma funcionalidade permite que os usuários reúnam grupos relacionados a um mesmo tema em um só canal — no Brasil. A corporação fechou um acordo com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, para que a ferramenta só seja lançada após o período eleitoral. O intuito é evitar que o aplicativo interfira no pleito como aconteceu nas eleições de 2018, quando a rede social foi usada para o disparo em massa de mensagens e para a disseminação de fake news. Um dia depois do anúncio, o chefe do Executivo afirmou que o atraso de atualizações no WhatsApp para depois do pleito é “inadmissível e inaceitável” e que o acordo não seria comprido.

Após encontro de Bolsonaro com os representantes do WhatsApp, o ministro das Comunicações, Fabio Faria, concedeu uma coletiva de imprensa. Segundo ele, a decisão sobre adiar o lançamento da nova função não foi motivada pelo acordo firmado com o TSE, mas por uma estratégia “global” da empresa. “Tivemos reunião agora com o presidente da República e representantes do WhatsApp e da Meta no Brasil para esclarecimentos do que foi amplamente veiculado na imprensa, nas redes sociais. E o WhatsApp deixou claro, a Meta também, que em nenhum momento atendeu pedido do TSE para que fosse feitas essas mudanças em relação às comunidades apenas após as eleições. Não houve, não ocorreu. Eles tomaram uma decisão global, olhando concorrentes, mercado mundial”, disse Faria. “Nada tem a ver com eleição, absolutamente nada. Eles apenas comunicaram ao TSE e comunicaram ao presidente da República”, explicou.

Faria esclareceu que o presidente Bolsonaro apenas se incomodou com a notícia porque entendeu que havia esse acordo com a Justiça Eleitoral. “Ele é contra a interferência do público no privado. Se tivesse sido um acordo, teria tido alguma interferência. Como não houve essa interferência, não tem mais o que o governo fazer. Se foi uma decisão global da empresa, o presidente respeita. Para ele, está resolvido o ponto”, afirmou. De acordo com o ministro, o “Comunidades” ainda não foi testado em nenhum país e só deve ser implantado mundialmente no segundo semestre ou último quadrimestre de 2022. “Eles falaram que vão fazer testes menores, de menor escala, no Brasil e em outros países. Esclareceram para o presidente da República, de forma muito clara, que eles têm um acordo com o TSE é de treinamento, de explicar a plataforma e, obviamente, deixaram claro que se tiver uma conta com a foto de um candidato com o número de outro, eles vão retirar. Estão preocupados com esse tipo de fake news que acontecem durante a eleição”, acrescentou.

Fonte: Jovem Pan News

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