O aumento de novos seguidores não se limitou apenas ao presidente. Seu filho, Eduardo Bolsonaro também teve um crescimento expressivo na rede social em apenas 12 horas. O fato chegou a ser comemorado pelo deputado. “Mais quase 4.500 seguidores nk Twitter em 12 horas. Isso num dia comum, sem qualquer fato notório ou vídeo viral meu… Por que será?”. Flávio Bolsonaro, outro filho do presidente, também passou pelo “boom”.

No entanto, segundo Christopher Bouzy, fundador da Bot Sentinel, plataforma especializada em monitorar uso de robôs nas redes sociais, apontou o uso de “bots” nos novos seguidores de Bolsonaro. De acordo com o especialista, em uma publicação no Twitter, dos 64 mil novos perfis que seguiram o presidente no período, pelo menos 61 mil foram criados na segunda-feira (25). Bouzy ainda postou uma lista com todas as novas contas que seguiram Bolsonaro.

Bolsonaro no Twitter

“Não acho que dezenas de milhares de brasileiros decidiram criar novas contas ao mesmo tempo e seguir Bolsonaro porque Musk está comprando o Twitter”, escreveu o especialista. A média de seguidores de Eduardo Bolsonaro foi de 1,3 mil para 28 mil. Já Flávio saltou de 1,2 mil para 25 mil. Todas as mudanças foram entre os dias 25 e 26 deste mês.

O “boom” de seguidores de Bolsonaro no Twitter, segundo o jornal, é maior inclusive do que o do dia da posse do presidente, em que ele conseguiu 53 mil novos seguidores. O movimento também não se repete em outras plataformas como o Instagram e o Facebook. Outras figuras ligadas ao governo também foram beneficiadas, como Mário Frias, secretário de cultura, e Ricardo Salles, ex-ministro do meio ambiente.

Os seguidores de Bolsonaro alegam que o salto na rede social se deu por conta da compra do Twitter por Elon Musk. O bilionário diz que um dos motivos que o levou a realizar o investimento é para dar mais liberdade na plataforma. Os apoiadores do presidente teriam ficado “entusiasmados” com a hipótese. Apesar disso, Bouzy não confia que o crescimento de seguidores foi orgânico.