A missão OSIRIS-Rex parecia ter acabado, mas recebeu uma extensão para visitar outro asteroide, segundo comunicado divulgado pela NASA. De acordo com o material, a nave que passou dois anos próxima do gigantesco asteroide Bennu, agora deverá visitar outra rocha espacial – o asteroide Apophis, que deve passar bem próximo da Terra em meados de 2029.
“OSIRIS-Rex” é a sigla para “Origins, Spectral Interpretation, Resource Identification, Security, Regolith Explorer”. Seu objetivo primário era o de viajar até a proximidade do asteroide Bennu, orbitá-lo e coletar dados de observação e, finalmente, realizar um pouso mais duro para levantar poeiras e partículas a serem coletadas e trazidas de volta à Terra.
Tudo isso já foi cumprido à risca, e a missão OSIRIS-Rex está agora em trânsito para retornar ao nosso planeta. No plano original, a ideia era “despejar” o recipiente das amostras para que eles descessem de paraquedas até a nossa superfície. Paralelamente, a nave seguiria rumo ao “cemitério espacial” – uma região entre Mercúrio e Vênus – para “morrer”.
Esta última parte é que mudou: segundo a NASA e a Universidade do Arizona, que desenvolveu a nave, a missão OSIRIS-Rex ainda tem bastante combustível, o que deve permitir que ela faça mais uma análise. Assim sendo, eles decidiram desviá-la em direção ao asteroide Apophis após a entregas das amostras originais – a partir daí, a missão passará a se chamar “OSIRIS-Apophis Explorer”, ou simplesmente “OSIRIS-APEX”.
“O Apophis é um dos mais infames asteroides”, disse Dani DellaGiustina, nomeada investigadora primária da futura missão OSIRIS-APEX. “Quando nós o descobrimos em 2004, havia uma preocupação de que ele se chocaria com a Terra em 2029, durante sua passagem. Esse risco foi retirado após observações subsequentes, mas ainda será o mais próximo que um asteroide desse tamanho chegará de nós desde que começamos a monitorá-los. Ele passará a um décimo da distância entre a Terra e a Lua”.
Cerca de 30 dias após a entrega das amostras, a nave seguirá em direção ao Apophis, onde deve seguir o mesmo processo feito com o Bennu: rodar em sua órbita por um período determinado de tempo (ainda não divulgado) e, em seguida, pousar em sua superfície e disparar seus propulsores, a fim de levantar poeira.
Desta vez, porém, não haverá a coleta de material: a ideia é que os propulsores exponham materiais escondidos debaixo da superfície do Apophis, e dados de observação mais aprofundados poderão ser coletados e estudados pela NASA.
Outro ponto que pode ser estudado é o efeito da gravidade da Terra no asteroide no momento em que ele passar por nós: hipóteses calculam alta possibilidade de deslizamento de materiais conforme a gravidade exerce sua força sobre o objeto: a OSIRIS-APEX poderá observar e monitorar isso.
Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!
Fonte: Olhar Digital
Comentários