A arte, por meio de suas representações, procura compreender as características próprias de um momento da sociedade, além de ser uma forma de manifestação social. O artista plástico Jonir Figueiredo, um dos mais produtivos da chamada “geração da divisão”, utiliza sua arte há 50 anos para relatar as várias mudanças políticas e sociais ocorridas no território sul-mato-grossense. Grande parte desse percurso criativo está agora registrado no livro “Jonir: uma trajetória de vida construída com arte” cujo lançamento em Campo Grande acontece nesta quinta-feira(28), na Galeria de Vidro da Plataforma Cultural (avenida Calógeras, 3015), a partir das 19 horas.
Ao percorrer as 100 páginas da publicação – produzida com incentivo do Fundo de Investimentos Culturais (FIC/MS) – o leitor, além de apreciar as obras do artista, poderá fazer uma imersão na fauna e flora pantaneira, na ancestralidade rupestre e no universo de personagens lendários e figuras míticas que compõem o arcabouço da memória regional.
Ara de Andrade Martins assina a autoria da publicação que reúne obras expressivas das diferentes fases criativas de Jonir, muitas das quais integram atualmente acervos públicos e de colecionadores particulares do Brasil e do exterior.
Múltiplo e incansável
Desenhista, gravador, performer, pintor e produtor cultural, Jonir Figueiredo iniciou sua carreira nos anos 1970 e após uma década de intensa produção consolidou-se como artista com a série de obras conhecida como fase Jacarés que configurou fortemente a preocupação ambiental em seu processo criativo.
Em 1977, com a criação de Mato Grosso do Sul, a busca por uma identidade cultural própria do recém-formado estado inspirou a formação do Movimento Cultural Guaicuru, coletivo artístico do qual foi um dos idealizadores, fundadores e membro bastante ativo. Nos anos 2000, igualmente, teve extensa e significativa participação no cenário de desenvolvimento e popularização das artes visuais.
Gisele Colombo, FCMS
Foto: Divulgação
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