A Alphabet, empresa que controla o Google, anunciou os seus resultados fiscais nesta terça-feira (26). Além de uma queda de 8% em lucro trimestral – a primeira perda desde o início da pandemia -, outro destaque foi a desaceleração dos ganhos em anúncios no YouTube e na página de buscas, as principais frentes dos negócios de publicidade da big tech.
Segundo a companhia, a guerra na Ucrânia foi um dos fatores que prejudicou as vendas de anúncios no YouTube. Ruth Porat, diretora financeira da Alphabet, afirmou que o conflito teve um “impacto descomunal” na receita da plataforma de vídeos, já que os anunciantes, principalmente na Europa, reduziram os gastos após o início do conflito.
Além disso, a inflação em alta também fez muitos abandonarem o investimento em marketing digital, apontam especialistas.
Os anúncios no site de pesquisa, por sua vez, cresceram 24%, mesmo assim houve desaceleração em relação ao salto de 36% visto no quarto trimestre de 2021. Já as ações da Alphabet, que subiram quase 90% nos últimos dois anos, caíram 2,5% após o anúncio.
Números do Google no primeiro trimestre
A companhia registrou lucro líquido de US$ 16,44 bilhões no primeiro trimestre, em comparação com US$ 17,93 bilhões no mesmo período em 2021. Em receita, houve um ganho de 23% (US$ 68,01 bilhões).
Os resultados ficaram ligeiramente abaixo das expectativas dos analistas, que previam um lucro líquido de US$ 17,33 bilhões e uma receita de US$ 68,05 bilhões.
A divisão de computação em nuvem do Google, registrou um crescimento de 44%. Por fim, a receita que inclui vendas de aplicativos, hardware e assinaturas, foi de US$ 6,8 bilhões, também abaixo das estimativas de US$ 7,3 bilhões dos especialistas em mercado.
Ganhos na pandemia
No fim, os resultados mostram o quanto os negócios da empresa cresceram no auge da pandemia. No primeiro trimestre de 2021, por exemplo, o Google chegou a faturar cerca de US$ 750 milhões por dia com o aumento das atividades feitas online e mais oportunidades de venda de anúncios.
Em uma pesquisa recente, o Morgan Stanley descobriu que a porcentagem de pessoas que iniciam pesquisas de compras no Google e no YouTube aumentou em 60%.
Fonte:New York Times, Reuters
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Fonte: Olhar Digital
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