A Food and Drug Administration (FDA), agência regulatória dos Estados Unidos, está avaliando possíveis casos de rebote viral do Paxlovid, remédio produzido pela Pfizer para impedir a infecção por Covid-19. Relatos sugerem que, após o uso do medicamento e uma melhora no quadro, os sintomas da doença podem retornar. 

Uma reportagem da emissora americana NBC revelou raros relatos de pacientes que estão voltando a ter sintomas da doença após uma cura inicial com o remédio da Pfizer contra Covid-19. A matéria diz que não há motivo para alarde e que os relatos são poucos e sem sintomas graves, no entanto, a situação precisa ser monitorada. 

A publicação cita o caso de Michael Henry, de 31 anos, vacinado contra a Covid-19 e que possui fatores de risco para a doença. Após contrair o vírus e sentir sintomas ele recebeu o Paxlovid e em 48 horas estava se sentindo “totalmente bem”. No entanto, uma semana depois os sintomas voltaram e ele ficou cinco dias com um resfriado.

remédio covid pfizer
Imagem: Cryptographer/Shutterstock

Remédio da Pfizer contra Covid-19

Em entrevista à emissora, Chanapa Tantibanchachai, porta-voz da FDA, explicou que a agência acompanha o caso do remédio da Pfizer e “está avaliando os relatórios de recuperação da carga viral após concluir o tratamento com Paxlovid e compartilhará recomendações, se apropriado”.

Já o porta-voz da Pfizer, Kit Longley, disse que a empresa continua “monitorando dados de nossos estudos clínicos em andamento de Paxlovid, bem como evidências do mundo real” relacionados a casos de recaída pós-Paxlovid.

“Não vimos uma associação entre o aumento observado da carga viral e a doença grave subsequente”, completou Longley. “Embora seja muito cedo para determinar a causa, isso sugere que é improvável que o aumento observado na carga viral esteja relacionado ao Paxlovid”, finalizou.

Paxlovid

Batizado como Paxlovid, o medicamento pode ser administrado em pacientes com idade igual ou superior aos 12 anos e que pesem, no mínimo, 40 kg. Os pacientes devem estar em alto risco de progressão para a forma mais grave da Covid-19.  

O uso está sujeito a prescrição médica e é necessário tomar um comprimido a cada 12 horas durante cinco dias a partir do começo dos sintomas. De acordo com a Pfizer, a eficácia do antiviral oral é de quase 90% para prevenção de hospitalizações e mortes.  

Novos dados da farmacêutica também indicam que a pílula mantém sua eficácia contra a nova variante Ômicron.

Os estudos desenvolvidos pela Pfizer mostraram que nenhum paciente que recebeu o remédio contra a Covid-19 morreu, enquanto 12 pessoas do grupo que recebeu placebo vieram a óbito. 

Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!