Uma queda nas vendas estimada em US$ 8 bilhões no primeiro trimestre deste ano. Essa é a previsão da Apple por conta das consequências do novo surto de Covid-19 que atinge a China, como novas medidas sanitárias, lockdown e limitações alfandegárias, sem falar na redução no consumo. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (28), mesmo dia em que a fabricante do iPhone revelou um aumento de 9% na receita, atingindo US$ 97,3 bilhões, o terceiro melhor resultado já registrado em sua história de 46 anos.  

Desafios por todos os lados 

O principal problema enfrentado pela Apple nos últimos anos é a escassez de chips, agora acentuada em razão das restrições na China e também com influência vinda da guerra entre Rússia e Ucrânia. 

“Quero reconhecer os desafios que estamos vivenciando, desde interrupções na cadeia de suprimentos causadas pela Covid e escassez de chips até a devastação da guerra na Ucrânia”, disse o presidente-executivo, Tim Cook, que revelou ainda: “Não estamos imunes a esses desafios”. 

Xangai travada

Com vários fornecedores de semicondutores com fábricas em Xangai, onde o maior porto do mundo está praticamente travado em razão das restrições impostas pela pandemia, resta a Apple lamentar pela ausência de outro produto essencial na produção de seus iPhones: o silício. 

“Restrições de fornecimento causadas por interrupções relacionadas ao Covid e escassez de silício em todo o setor estão afetando nossa capacidade de atender à demanda dos clientes por nossos produtos”, disse Luca Maestri, diretor financeiro da Apple.

porto de xangai
Se não bastasse a escassez de chips, agora o porto de Xangai também está travado, afetando toda a cadeia de suprimentos do mundo. Imagem: Shutterstock

A consultoria Loup Funds estima que 85% dos produtos da dona da marca da maçã são montados na China, enquanto a região responde por quase 20% das vendas anuais da empresa. 

Apesar de todas as limitações, as vendas do iPhone subiram 5%, atingindo US$ 50,6 bilhões no último trimestre, em comparação com o ano anterior. Enquanto as vendas de iPad caíram 2,1%, as do Mac aumentaram 15%, resultando em US$ 10,4 bilhões nos cofres da empresa, ou seja, de lamentos a Apple tem pouco a reclamar. 

Via: Reuters 

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