A Organização Mundial da Saúde (OMS) intensificou os alertas sobre o risco de uma possível “catástrofe absoluta” por conta da explosão de casos de sarampo em diferentes partes do mundo. De acordo com o órgão, é urgente reverter o cenário de queda na cobertura vacinal de crianças para a doença.
De acordo com a OMS, o número de casos de sarampo saltou assustadores 79% nos dois primeiros meses de 2022, no comparativo com o mesmo período do ano passado. Porém, é possível que haja subnotificação nos casos de 2021, já que a pandemia da Covid-19 prejudicou os sistemas de vigilância.
Nos últimos 12 meses, houve pelo menos 21 epidemias de sarampo, a maior desses surtos aconteceu em países da África e do Mediterrâneo Oriental. As epidemias mais sérias ocorreram na Somália, Iêmen, Nigéria, Afeganistão e Etiópia.
Um mau sinal
De acordo com a OMS, o reaparecimento do sarampo é um sinal perigoso, já que pode representar uma baixa cobertura vacinal para outras doenças. Acontece que como o sarampo é extremamente contagioso, é a primeira doença a ter um aumento significativo de casos quando a cobertura vacinal cai.
“O sarampo é mais do que uma doença perigosa e potencialmente mortal. É também um dos primeiros sinais de que existem lacunas na cobertura de imunização”, declarou a diretora-geral do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Catherine Russell.
De acordo com Russell, muitas crianças não foram vacinadas desde o início da pandemia da Covid-19, muito por conta de problemas em sistemas de saúde, que atrasaram ou cancelaram as campanhas de vacinação, principalmente em países do chamado terceiro mundo.
Só em 2020, mais de 23 milhões de crianças não receberam as vacinas básicas para suas respectivas faixas etárias, Segundo OMS e Unicef, este é o menor índice de vacinação infantil desde 2009. Em 2019, o número de crianças sem as devidas vacinas foi 3,7 milhões menor.
Via: IstoÉ Dinheiro
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Fonte: Olhar Digital
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