Pré-candidato à presidência da República, Felipe D’ Ávila critica ‘falsa terceira via’ e discussões políticas entre união de partidos: ‘Apresente propostas concretas’
O presidente do Novo, Felipe D’ Ávila, descarta um possível apoio da legenda à reeleição do presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, há uma “decepção” com o atual governo, que recebeu apoio da sigla nas eleições de 2018. “A decepção foi Paulo Guedes, que veio com uma bandeira liberal, de abrir a economia, privatizar estatais e nada disso foi feito. Hoje, esse discurso liberal é capturado pelo conservadorismo do governo, um espírito antiliberal. Esse governo disse que privatizaria, abriria economia, e acabou criando estatal”, afirmou, em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, descartando qualquer apoio a futura chapa encabeçada por Bolsonaro. “As pessoas que apoiaram o governo lá atrás acreditavam no avanço da agenda liberal, que não saiu do papel. E não saiu do papel, diga-se de passagem, por causa do presidente da República. Ele não teve coragem de bancar as políticas liberais defendidas por Paulo Guedes. Esse é o problema”, completou.
Pré-candidato à presidência da República pelo Novo, Felipe D’ Ávila disse que a legenda procurou estabelecer diálogo com outros partidos e pré-candidatos ao Palácio do Planalto, buscando o fortalecimento da chamada terceira via. No entanto, ele afirma que as discussões propostas pela união de legendas – PSDB, MDB, Cidadania e o União Brasil – eram de cunho político. “A resposta que os brasileiros esperam da terceira via não é um candidato para discutir essa eleição ‘nem Lula nem Bolsonaro. É um pré-candidato que apresente propostas concretas para a retomada do crescimento, renda e emprego. Essa é a questão que a terceira via tem que responder. Quando entendemos que não se tratava desse tema e sim de políticas locais, nos distanciamos”, mencionou.
Questionado sobre a polarização entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Felipe D’ Ávila admitiu que acha “pouco provável” que a população vote em candidatos que pioraram “a vida das pessoas” e a economia do país. No entanto, isso não garante o fortalecimento de uma candidatura alternativa. “65% do eleitorado diz que o Brasil está no caminho errado, a economia está no rumo errado. Se está errado, me parece pouco provável que vão votar em um candidato que piorou a vida das pessoas. Para surgir um outro nome é preciso apresentar, debater ideias e não ficar criando essa falsa terceira via que é ‘nem Lula e nem Bolsonaro’. Não é apenas união em torno de um nome, é discussão de propostas. Como o Brasil vai voltar a gerar emprego e renda? Se esse tema não for discutido, a terceira via vai fracassar”, finalizou.
Fonte: Jovem Pan News
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