Mais um dia e mais uma big tech enfrentando problemas na justiça da Rússia. A bolada vez é a Apple. Usuários do sistema de pagamentos da empresa da Maçã entraram com uma ação, em um tribunal de Moscou, nesta sexta-feira (29), através de um escritório de advocacia, por danos aos consumidores.
As pessoas pedem 90 milhões de rublos, cerca de R$ 6,2 milhões, por causa da retirada do Apple Pay da Rússia, como forma de indenização. A big tech de Cupertino ainda não se pronunciou sobre o caso.
Para os advogados do escritório Chernyshov, Lukoyanov & Partners, a empresa violou os direitos dos consumidores russos quando restringiu o serviço no dia 1º de março. A ação da companhia foi uma resposta à invasão da Rússia à Ucrânia, em uma guerra que já dura 64 dias.
Além da indenização, os usuários querem que o serviço da Apple Pay seja retomado para os russos. Mais pessoas ainda podem se juntar à ação coletiva, já que outros reclamantes estão sendo convidados a participar do processo pelo escritório de advocacia.
A plataforma de pagamentos não foi a única sanção da big tech à Rússia após o começo do conflito. Produtos da Apple também não estão sendo vendidos no país, além de outros serviços. “Portanto, as reivindicações do nosso processo são direcionadas primeiro à controladora e, em segundo lugar, às suas unidades subsidiárias”, disse Konstantin Lukoyanov, em comunicado.
Os advogados ainda alegam que a suspensão da plataforma reduziu a funcionalidade dos dispositivos ainda à venda no mercado local. Isso fez com que o valor deles seja reduzido. Assim, as ações são consideradas injustas e discriminatórias.
Antes mesmo da interrupção do Apple Pay, usuários do metrô de Moscou tiveram problemas para usar o meio de transporte, já que alguns dependiam do aplicativo (e também do Google Pay) para pagar a passagem.
De acordo com a agência internacional de notícias Reuters, o mesmo escritório de advocacia entra com um processo semelhante contra a Netflix. A plataforma de streaming suspendeu o serviço na Rússia também no mês de março.
Outros processos
Na terça-feira (26), um tribunal de Moscou multou a Meta, empresa dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, por não remover postagens do que chamam “propaganda” LGBT. A Byte Dance, companhia mãe do TikTok, recebeu a mesma punição pelo mesmo motivo.
Já quinta-feira (28) foi a vez do Twitter. O microblog foi multado por também não excluir publicações, mas o conteúdo da vez eram instruções de como fazer um coquetel molotov. Algo pelo qual o Google já foi penalizado na Rússia, por vídeos no YouTube.
Via: Reuters
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Fonte: Olhar Digital
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