Mais um mês se inicia, trazendo com ele uma variedade de eventos imperdíveis no céu. Entre fenômenos naturais e diversos lançamentos de foguetes, o calendário astronômico de maio promete verdadeiros espetáculos de tirar o fôlego.
É preciso salientar que todas as coordenadas geográficas e datas mencionadas aqui têm como ponto de referência o céu em Brasília (DF), e podem ser ligeiramente diferentes a depender de a partir de qual localidade do país você esteja observando.
Calendário astronômico de maio
3 de maio: Um foguete Rocket Lab Electron vai lançar a missão Cislunar Autonomous Positioning System Operations and Navigation Experiment (CAPSTONE), da NASA, para a Lua a partir da Península de Mahia, na Nova Zelândia. A janela de lançamento vai até 15 de maio.
3 a 14 de maio: A chuva de meteoros Líridas (ou Lirídeos) tem início na terça-feira (3) e vai até o dia 14, produzindo sua taxa máxima de meteoros entre domingo (8) e segunda-feira (9). Durante esse período de 12 dias, haverá a chance de ver meteoros Líridas surgindo no céu sempre que a constelação de Lira estiver acima do horizonte, com o número de meteoros visíveis aumentando quanto mais alta ela estiver no céu.
A partir das 23h15, todas as noites, será possível testemunhar a chuva de meteoros, que permanecerá ativa até o amanhecer, por volta das 6h. Pouco antes desse horário, é o momento de maior intensidade, a partir das 4h da manhã.
4 a 6 de maio: A chuva de meteoros Eta Aquáridas, que começou em 19 de abril e se estende até 28 de maio, atinge o pico esta semana. Durante esse período, haverá a chance de ver meteoros Aquáridas surgindo no céu sempre que o ponto radiante (a constelação de Aquarius) estiver acima do horizonte, com o número de meteoros visíveis aumentando quanto mais alto o ponto radiante estiver no céu.
Todas as noites, após à 1h43, o evento estará visível, se o tempo não estiver fechado, permanecendo ativo até o amanhecer, por volta das 6h. As melhores exibições acontecem pouco antes do amanhecer, momento em que o ponto radiante estará mais alto no céu, especialmente no dia 6 de maio.
15 e 16 de maio: Um eclipse lunar total, também conhecido como Lua de Sangue, será visível da América do Norte e do Sul, Europa, África e partes da Ásia. A Lua começará a passar pela sombra da Terra às 23h28 do domingo (15) e terminará às 02h55 de segunda-feira (16), criando um eclipse lunar total. O período em que a Lua estará totalmente coberta será de 0h30 à 1h54.
19 de maio: Um foguete Atlas V da United Launch Alliance lançará a espaçonave CST-100 Starliner da Boeing à Estação Espacial Internacional (ISS), em um lançamento de teste, denominado OFT-2 (sigla em inglês para voo orbital de teste 2). Como o próprio nome indica, essa será a segunda tentativa de alçar a espaçonave à órbita. A primeira não teve sucesso: em dezembro de 2019, o veículo espacial passou por vários problemas de software, ficando “encalhado” em uma altura de órbita baixa da Terra por aproximadamente dois dias antes de cair no oceano.
De acordo com um comunicado emitido pela NASA, a decolagem será a partir do Space Launch Complex-41, na Estação de Força Espacial em Cabo Canaveral, na Flórida, às 20h54, pelo horário de Brasília.
29 de Maio: Júpiter e Marte farão uma aproximação no céu da madrugada e estarão a pouco mais de meio grau de distância. Os planetas serão visíveis a olho nu ou por binóculos, a partir da 1h58, atingindo uma altitude de 59° acima do horizonte nordeste antes de desaparecer de vista enquanto o amanhecer começa por volta das 06h14.
Como se orientar
Para acompanhar nosso calendário astronômico, é importante saber em que direção olhar e como identificar os principais pontos cardeais. Para isso, você pode usar um velho truque, uma bússola ou um app de astronomia em seu celular.
O velho truque é baseado numa frase que você deve ter aprendido na escola: “o Sol nasce a leste e se põe a oeste”. Fique em pé e estique os braços, com o direito apontando para o nascente, e o esquerdo para o poente. Então você terá o leste à direita, o norte à frente, o oeste à esquerda e sul atrás de você.
Quanto às bússolas, quem usa um iPhone não precisa de um app extra: basta usar o “Bússola”, que é parte do iOS. Para Android minha recomendação é o “Apenas uma bússola”, da PixelProse SARL, que é bonito, simples, gratuito e, mais importante, sem anúncios.
Outra opção é usar um app de astronomia, que usa a bússola do celular e sua localização obtida via GPS identificar o que você está apontando ou indicar para onde olhar. Uma boa opção é o Sky Safari, da Simulation Curriculum Corp., que está disponível em versões para Android e iOS e pode ser usado gratuitamente.
Fonte: Olhar Digital
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