O garoto Nicolas Dumont, de apenas oito anos, fez uma descoberta para lá de original. Analisando imagens registradas pelos telescópios do programa da International Astronomical Search Collaboration (IASC/NASA Partner), ele identificou e sinalizou a movimentação de um astro que foi classificado preliminarmente como um asteroide.
Agora, a detecção já publicada passará por avaliações do Minor Planet Center para a confirmação. Esta etapa pode ser um pouco demorada, já que o astro apontado por Nicolas será observado por um longo período de tempo (de três a cinco anos) a fim de verificar a órbita e consolidar medições do objeto identificado, o qual foi provisoriamente designado como “P21tmvg”.
Nicolas é o mais jovem de uma equipe liderada pelo Observatório de Astronomia de Patos de Minas, estando inscrito também no programa Caça Asteroides do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Gilberto Dumont, que é pai de Nicolas e responsável pelo observatório, se diz muito feliz pela bem sucedida estreia do filho no Caça Asteroide. “Espero que seja um estímulo que o entusiasme a estudar, participar de ações colaborativas junto aos órgãos que disponibilizam estes programas e tenha na ciência uma fonte inspiradora, tanto no âmbito pessoal quanto profissional. Fiquei feliz também pois eu mesmo já tive reportes que foram descartados, além de colegas que relataram nunca terem conseguido”, completa o orgulhoso pai de Nicolas.
Gilberto já participou do Programa Olhar Espacial em 2021, ocasião em que exibiu imagens ao vivo a partir da Lua.
A International Astronomical Search Collaboration (IASC/NASA Partner) é um programa de ciência cidadã oferecido pela NASA e que fornece dados astronômicos de alta qualidade para cientistas cidadãos em todo o mundo, possibilitando a colaboração em descobertas astronômicas originais além da participação na astronomia prática. Entre os principais objetivos do programa estão a descoberta de asteroides que possam constituir um perigo para a Terra e melhorar o conhecimento das trajetórias dos asteroides já conhecidos. Na pesquisa é utilizado um software específico, chamado de Astrométrica, que auxilia na análise das imagens do céu obtidas com o telescópio de 1.8 metros de abertura pertencente à Universidade do Havaí.
Os membros da equipe são treinados e supervisionados pelo Observatório de Astronomia de Patos de Minas e têm suas descobertas analisadas e revisadas antes de serem reportadas à equipe do IASC. No vídeo acima, podemos observar a transição de quatro fotos com as estrelas fixas no céu profundo, enquanto o ponto em movimento indica o astro descoberto pelo Nicolas e reportado à equipe da IASC, que deferiu e publicou preliminarmente a descoberta, sinalizando a possibilidade de tratar-se de um asteroide.
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Fonte: Olhar Digital
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