Na manhã desta terça-feira (3), uma poderosa erupção solar de classe X, o tipo mais forte já registrado no nosso Sol, foi detectada pelo Observatório de Dinâmica Solar da NASA.

Segundo um post da agência no Twitter, a explosão atingiu o pico às 9h25 EDT (10h25, pelo horário de Brasília). Nenhuma informação sobre os efeitos na Terra foi divulgada, mas são improváveis a ocorrência de auroras e outras consequências para o nosso planeta, tendo em vista que o evento ocorreu no membro inferior esquerdo do Sol – e não na nossa direção.

Auroras podem ser amplificadas após uma explosão solar quando partículas carregadas de massa coronal são ejetadas em direção à Terra e interagem com sua atmosfera superior. Então, essas partículas se movem através das linhas de campo magnético do nosso planeta e excitam moléculas altas na atmosfera, criando luzes coloridas.

Esta, que foi a segunda tempestade solar em um intervalo de apenas uma semana, foi classificada como uma explosão X1.1, o mesmo tipo registrado em uma região ativa diferente no último sábado (30).

A mancha solar da qual a chama desta terça-feira emergiu ainda não foi designada. “A fonte é uma nova mancha solar não numerada emergindo sobre o membro sudeste do Sol”, segundo o site SpaceWeather.com.

O que é uma erupção solar

O Sol tem um ciclo de 11 anos de atividade solar, e está atualmente no que os astrônomos chamam de Ciclo Solar 25. Esse número refere-se aos ciclos que foram acompanhados de perto pelos cientistas.

No auge dos ciclos solares, o Sol tem uma série de manchas em sua superfície, que representam concentrações de energia. À medida que as linhas magnéticas se emaranham nas manchas solares, elas podem “estalar” e gerar rajadas de energia.

De acordo com a NASA, essas rajadas são explosões massivas do Sol que disparam partículas carregadas de radiação para fora da estrela. Os clarões (sinalizadores) são classificados em um sistema de letras, com os de classe C relativamente fracos, os de classe M mais moderados e os de classe X como os mais fortes.

“A classe X denota as chamas mais intensas, enquanto o número fornece mais informações sobre sua força”, explicou a agência em comunicado. “Um X2 é duas vezes mais intenso que um X1, um X3 é três vezes mais intenso, e, assim, sucessivamente. Sinalizadores classificados como X10, os mais fortes, são incomumente intensos”.

Essas erupções enviam partículas carregadas de radiação solar à incrível velocidade de 1,6 milhão de km/h, podendo atingir até mais nos casos de sinalizadores de maior classificação. Normalmente, levam alguns dias para chegar à Terra, quando direcionadas para o nosso planeta.

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