A Organização Mundial da Saúde (OMS) relatou um aumento significativo nos casos de hepatite aguda infantil de origem desconhecida. O órgão apontou que a questão é “muito urgente” e está sendo tratada como “prioridade absoluta”.  

“É muito urgente, e estamos dando prioridade absoluta a isso e trabalhando muito de perto com o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças na gestão e coordenação”, afirmou Gerald Rockenschau, diretor regional de Emergências da OMS.  

“Estamos fazendo todo o possível para identificar rapidamente o que está causando isso e depois tomar as medidas adequadas, nos níveis nacional e internacional”, afirmou o representante.  

Rockenschau disse que todos os estados foram alertados para ficar atentos a estes casos misteriosos de hepatite infantil. Os primeiros casos foram notificados pelo Reino Unido em crianças com menos de 10 anos.  

Ainda não se sabe qual a origem da doença, apenas que ela não está associada aos casos mais comuns de hepatite A, B, C, D, e E. Os sintomas incluem principalmente dor abdominal, além de diarreia, vômito e pele e/ou olhos amarelados. 

Ilustração 3D de um fígado atingido pela hepatite C
OMS define casos de hepatite infantil como “prioridade absoluta”. Imagem: Explode/Shutterstock

A OMS apontou que a primeira morte pela hepatite infantil foi relatada no final de abril. O órgão não revelou detalhes do paciente para proteger sua identidade.  

A Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido apontou um possível causador para a doença: o adenovírus – um grupo de vírus que normalmente causa doenças respiratórias, como um resfriado, bronquite e até mesmo a pneumonia.   

De acordo com o órgão britânico, cerca de 75% dos casos confirmados apresentaram teste positivo para o adenovírus, mas ainda não foi possível confirmar o grupo de vírus como culpado pelas infecções.