Não existe o impossível para o Real Madrid na Liga dos Campeões. Nesta quarta-feira, o time merengue recebeu o City, no Bernabéu, saiu atrás do placar e contou com um verdadeiro Rayo para buscar o improvável. Dada como eliminada, a equipe de Carlo Ancelotti contou com dois gols inacreditáveis de Rodrygo nos acréscimos e forçaram a prorrogação, onde Benzema confirmou: o Real é o Rei da Champions: 3 a 1.
Com o resultado, o imortal clube merengue avança para mais uma decisão de Liga dos Campeões e vai brigar pela sua 14ª Orelhuda. O adversário será o Liverpool, de Jurgen Klopp, que também mostrou brio ao eliminar o azarão Villarreal.
City controla
O Real Madrid, como era de se esperar, adiantou sua linhas de marcação e partiu para pressão nos primeiros minutos. Logo aos quatro, Carvajal recebeu pela direita e cruzou na boa para Benzema, que cabeceou por cima.
O time merengue seguiu insistindo e chegou a ter mais uma boa finalização com Vini Jr, mas a bola subiu. Na sequência, porém, o City fez o que sabe de melhor. Colocou a bola no chão, trocou passes e passou administrar a partida.
Aos 20, inclusive, após boa combinação pelo meio, De Bruyne acionou Bernardo Silva, que recebeu na área e bateu cruzado para boa defesa de Courtois, que mandou para escanteio.
Já sem a mesma intensidade do início de partida, o Real encontrou dificuldades para progredir e correu riscos na defesa. Gabriel Jesus e Phil Foden, em chutes da entrada da área, quase deram a vantagem aos ingleses, mas a bola não entrou.
Na reta final, o time de Carlo Ancelotti voltou a apertar. Aos 43, Benzema recebeu em profundidade, invadiu a área e chutou com muito perigo. Porém, o francês foi flagrado em posição de impedimento.
Comprovado: o Rayo cai duas vezes no mesmo lugar ( e nos acréscimos)
Na volta do intervalo, o Real repetiu a estratégia do início de partida e flertou com o primeiro gol. Logo na saída de bola, após jogada muito bem elaborada, Carvajal foi lançado pela direita e cruzou na medida para Vini Jr, que apareceu livre na área e, de canhota, mandou para fora. Incrível.
Pouco depois, Vini voltou a escapar pela esquerda, abriu espaço e rolou para Modric, que recebeu na entrada da área, mas não conseguiu a finalização. Ciente da obrigação de buscar o resultado, o time merengue persistiu, mas acabou oferecendo espaço para as transições do City.
Até que aos 28, após rápida descida para o ataque. Bernardo Silva avançou com muita liberdade, chegou até a entrada da área e rolou para Mahrez, que bateu firme de canhota e venceu Courtois, que nada pôde fazer.
Em desvantagem e com 5 a 3 contra no placar agregado, o Real parecia não ter forças para buscar uma reação, mas as grandes histórias não se contam assim. Na reta final, os ventos mudaram no Bernabéu e um certo Rayo fez o improvável acontecer em Madri.
Aos 45, já na base do abafa, Camavinga lançou da direita, Benzema desviou para o meio e Rodrygo, como um verdadeiro Rayo, se antecipou a Ederson e desviou para o fundo das redes. O gol parecia tardio, mas o ex-Menino da Vila queria a história. No minuto seguinte, após nova pressão no ataque, Carvajal colocou na área e Rodrygo, predestinado, testou no canto, decretou uma virada história e levou o duelo para a prorrogação: 2 a 1.
Benzema e a cereja do bolo
Empurrado por um Bernabéu ensandecido, o Real Madrid engoliu o acuado City no início da prorrogação. Logo no primeiro minuto, Vinícius Junior disparou pela esquerda e rolou para Benzema, que, na entrada da área, bateu para defesa complicada de Éderson.
Logo na sequência, não teve jeito. Após mais uma jogada do iluminado Rodrygo, Benzema tornou a receber na área e, desta vez, se antecipou a Rubén Dias e foi derrubado na área. Pênalti! Na cobrança, o francês foi frio, deslocou o goleiro e confirmou a virada merengue: 3 a 1.
Abatido e sem o mesmo vigor físico, o time de Pep Guardiola fez o que pôde e até teve uma grande chance com Fernandinho para empatar a eliminatória, mas a sorte já não estava mais com os ingleses.
No segundo tempo da prorrogação foi questão de tempo. Atento e fechando cada linha de sua defesa, o Real Madrid não ofereceu espaços e sacramentou mais um lindo capítulo de sua história na maior competição do continente: Real Madrid, pela 17ª vez, é finalista da Champions!
Fonte: Ogol




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