Tradição x ambição: Real e City decidem vaga na final da Liga dos Campeões

De um lado, o maior campeão da Liga dos Campeões. De outro, uma potência emergente em busca de afirmação na Europa. Real Madrid e Manchester City duelam hoje, no Santiago Bernabéu, por uma vaga na decisão europeia. Quem vencer encontra o Liverpool.

Há sempre no futebol a discussão sobre o peso da tradição nas disputas, e ninguém na Europa pode se gabar de ter conquistado mais que o Real. Foram 13 conquistas na história da maior competição do continente, com seus diferentes nomes ao longo do tempo. Quatro delas na última década. Se a camisa pesa, o Real entra sempre em vantagem na Liga dos Campeões.

Carlo Ancelotti, técnico do Real, acredita que a mística em volta do sucesso do clube pode ajudar a criar um clima propício para vencer. Mas não é o suficiente para ser campeão ou se classificar contra grandes adversários.

“Você não pode vencer apenas com o seu coração, você vence por tudo, adiciona a qualidade individual, o compromisso coletivo”, explicou.

Coletivo e qualidade individual não faltam para o Manchester City. Tradição, no entanto, é algo que ainda construem. Os Citizens se tornaram uma potência no mais concorrido campeonato entre os grandes da Europa, a Premier League. Mas ainda sofrem com as críticas pela falta de conquistas na Liga dos Campeões. Vencer para o City é ainda mais importante por essa “afirmação” no cenário internacional.

“Acho que isso mudaria a visão de fora”, confessou Kevin de Bruyne, principal estrela dos Citizens.

“Como jogador, você quer ganhar troféus e nós queremos ganhar este. O fato de estarmos lutando por vários anos e chegando aos estágios finais significa que estamos indo muito bem. É uma competição de copas e a qualidade é muito alta, por isso é muito difícil vencê-la, mas no final, se você olhar para trás, para a maneira como nos apresentamos e eu tenho atuado ao longo de sete anos, nos saímos muito bem”, disse.

O Paris Saint-Germain, que vive o mesmo desafio no cenário europeu, acabou por cair para o Real Madrid depois de dominar boa parte dos 180 minutos nas oitavas de final. Mas o City pode se voltar a outro rival da Inglaterra como inspiração para mudar sua história. O Chelsea investiu pesado desde o início do século para mudar de patamar, e em 2012 finalmente conquistou a Liga dos Campeões. Hoje é bicampeão.

No banco, no entanto, os dois técnicos sabem bem o que é vencer. Carlo Ancelotti é dono de três conquistas, e disputou quatro finais, ao longo de quatro décadas. É uma lenda no torneio. Pep Guardiola tem dois títulos e três finais. Pode chegar a sua quarta, igualando um recorde que tem Ancelotti, Klopp e Lippi como maiores finalistas na era moderna (desde 1992).

Fonte: Ogol

Comentários