Nos últimos dias um caso publicado no “The New England Journal of Medicine (NEJM)” de um jovem de 24 anos que sofreu de conjuntivite gonocócica trouxe atenção para essa doença. Ao contrário da conjuntivite por adenovírus, o tipo mais comum, essa em específico é uma infecção sexualmente transmissível (IST) quando ocorre em adultos, mas pode ser transmitida para recém-nascidos através do parto.

Em entrevista ao Olhar Digital, o médico Bruno Fontes, presidente da Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa explicou que “conjuntivite é um termo genérico que a gente usa para se referir a qualquer inflamação da conjuntiva, que é a membrana do olho”. A maior parte dos casos de conjuntivite são causados pelo adenovírus e geralmente são de fácil proliferação.

No caso da conjuntivite gonocócica os casos são bastante raros. Segundo o médico, em recém-nascidos houve um período em que essa doença tinha uma frequência maior, mas hoje o surgimento é bem incomum. Os bebês podem ser contaminados durante o parto normal caso a mãe esteja infectada com a bactéria.

Conjuntivite gonocócica: causas e tratamento 

A bactéria causadora é o gonococo, mesma da gonorréria, também transmititda pelo sexo. Ao contrário da maior parte dos tipos de conjuntivite, a gonocócica se manifesta de forma bastante rápida, com o olho inchado em pouco tempo.

“A conjuntivite por adenovírus ou por clamídia leva um tempo para que os sintomas piorem, o que faz o paciente demorar para procurar um médico. No caso da gonocócica é tudo bem rápido e tem bastante secrecção”, disse o médico. 

O tratamento é feito pelo uso de antibióticos tópicos e musculares. Segundo o especialista, caso a doença não seja tratada da forma correta o quadro pode se agravar, causando lesões irreversíveis na córnea. A forma de evitar a contaminação, assim como a maior parte das infecções sexualmente transmissíveis, é utilizando camisinha.

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