Um time de paleontólogos da Argentina descobriu um dinossauro predador que media cerca de três andares do nariz à cauda com garras afiadas e curvas. O animal de seis toneladas, o maior megaraptor descoberto até hoje, se alimentou de dinossauros menores rasgando em pedaços, de acordo com o que paleontólogo Mauro Aranciaga disse para a AFP.
Considerado um “predador de ponta” por Aranciaga, ele argumentou que até combina com o seu nome científico “Maip macrothorax”, em que “Maip”, é derivada de uma figura mitológica “mau” do povo indígena Aonikenk da Patagônia. Esse personagem foi relacionado à “sombra da morte” que “mata com vento frio” nas montanhas dos Andes, segundo um estudo que relatou a descoberta na revista Nature Scientific Reports.
A segunda parte do nome, “macrotórax”, é por conta do tamanho da cavidade torácica do dinossauro, sendo cerca de 1,2 metros (3,9 pés) de largura. A criatura foi recém-identificada media de nove a dez metros de comprimento, ou seja, maior do que qualquer tipo de megaraptor descoberto anteriormente. Além disso, tinha duas garras afiadas e curvas por pata dianteira, cada uma com cerca de 40 centímetros de comprimento.
O dinossauro viveu há 70 milhões de anos, no final do período Cretáceo, em meio a uma floresta tropical, antes da cordilheira dos Andes e das geleiras tomarem conta da Patagônia.
Três anos atrás, Aranciaga encontrou o primeiro pedaço do dinossauro em sua primeira expedição profissional para província argentina de Santa Cruz. Envolvendo meses de escavação, limpeza e classificação de um grande esconderijo de ossos, chegaram a achar vértebras, pedaços de costela, quadril, cauda e braço.
“Quando levantei a vértebra e vi que tinha as características de um megaraptor, foi realmente uma emoção enorme”, relembrou Aranciaga. “De alguma forma, realizei meu sonho de infância, encontrar um novo fóssil e se tornar um megaraptor: o grupo no qual me especializo”, complementou.
O dinossauro “sombra da morte” foi um dos últimos megaraptores a habitar a Terra antes da extinção dos dinossauros, cerca de 66 milhões de anos atrás, segundo as informações de Fernando Novas, do Laboratório de Anatomia Comparada do Museu Argentino de Ciências Naturais.
Fonte: Phys
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Fonte: Olhar Digital
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