O Atlas Mundial da Obesidade 2022, publicado pela Federação Mundial da Obesidade, apontou que em 2030 o mundo deverá registrar cerca de um bilhão de pessoas obesas, ou seja, 17,5% de toda população do planeta sofrerá com a doença.
Os dados mostram que uma a cada cinco mulheres será obesa, enquanto um a cada sete homens sofrerá com o quadro daqui a oito anos. Estima-se que a África deve enfrentar uma triplicação dos índices da doença até 2030, passando dos 8 milhões de homens obesos em 2010, para 27 milhões em 2030, enquanto as mulheres passarão de 26 milhões para 74 milhões no mesmo período.
As Américas seguirão sendo líderes no número de pessoas obesas, mas seu crescimento será menor, aumentando cerca de 1,5 vezes no total. Isso é motivado por uma estabilização observada em algumas partes da América do Norte e Europa.
O estudo ainda aponta um novo índice de preparação para as doenças crônicas não transmissíveis, mostrando que os 30 países mais preparados são de alta renda, enquanto as 30 nações menos preparadas são de baixa renda, o que aumenta o risco de populações já vulneráveis.
“Os líderes políticos e de saúde pública precisam reconhecer a gravidade do desafio da obesidade e agir. Os números em nosso relatório são chocantes, mas o que é ainda mais chocante é o quão inadequada nossa resposta tem sido. Todos têm um direito básico à prevenção, tratamento e acesso à gestão que funcione para eles. Agora é a hora de uma ação conjunta, decisiva e centrada nas pessoas para mudar a maré da obesidade”, relatou a CEO da Federação Mundial de Obesidade, Johanna Ralston.
O novo Atlas mostra que 29,7% da população adulta do Brasil viverá com a obesidade em 2030. O quadro também deve se fazer presente em 22,7% da população entre 5–9 anos e 15,7% entre 10–19 anos.
Atualmente, estima-se que 890 milhões vivam com a doença. O Brasil se encontra entre os 11 países onde vivem metade das mulheres obesas do mundo e entre as 9 nações que abrigam metade dos homens obesos.
Fonte: Olhar Digital
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