O avião movido a hidrogênio ainda parece um sonho distante, considerando regulamentações e protocolos, além do preço e da disponibilidade do componente. A Shell, no entanto, é uma das defensoras da solução, ao fechar a construção de duas unidades de reabastecimento móvel em escala comercial para a desenvolvedora de aeronaves a hidrogênio anglo-americana ZeroAvia.
Com cinco anos de existência, a startup se prepara para os primeiros testes de voo de sua aeronave Dornier-228 adaptada a um trem de força movido a hidrogênio e eletricidade, o ZA600. Os testes acontecerão nas instalações da jovem companhia em Hollister, centro-sul da Califórnia (EUA).
A ZeroAvia desenvolveu o trem de força de 600 kW como parte do projeto HyFlyer II, apoiado pelo governo britânico. A empresa planeja começar as operações com o avião movido a hidrogênio até 2024, inicialmente para viagens de 800 km. Dois Dornier serão utilizados como testes: um no Reino Unido e outro na Califórnia. As unidades da Shell serão adotadas em ambos.
“O setor de aviação tem desafios únicos na descarbonização e precisa de soluções práticas e escaláveis”, disse o diretor geral sobre hidrogênio da Shell, Oliver Bishop, em comunicado oficial. “A tecnologia da ZeroAvia é uma opção viável, e este acordo nos permitirá demonstrar o fornecimento bem-sucedido de fornecimento de hidrogênio com baixo teor de carbono, apoiando o desenvolvimento de códigos, padrões e protocolos de reabastecimento para aviação movida a hidrogênio.”
Primeiro gasoduto de hidrogênio na Europa
Ainda neste ano, a ZeroAvia também apresentou um gasoduto de hidrogênio com 100 m de comprimento no aeroporto de Cotswolds, sudoeste da Inglaterra — o primeiro do tipo na Europa, segundo a companhia. Junto a um eletrolisador e um reabastecedor móvel, ele será usado para os próximos testes de voo.
A startup, aliás, não quer apenas desenvolver versões mais poderosas do trem de força, mas realizar a transição do hidrogênio gasoso para o líquido no futuro. Isso permitirá a implementação da tecnologia de célula de combustível em aeronaves maiores.
Como parte da estratégia, a ZeroAvia planeja também desenvolver um caminhão de reabastecimento de hidrogênio líquido em grande escala. A United Airlines e o grupo Alaska Air apoiam o projeto.
Crédito da imagem principal: ZeroAvia/Divulgação
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Fonte: Olhar Digital
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