A Siemens confirmou nesta quinta-feira (12) que deixará de atuar no mercado russo por conta da guerra na Ucrânia, aumentando a lista de empresas que já deixaram o país.
Mesmo com prejuízo recente calculado em US$ 630 milhões, o grupo industrial e de tecnologia alemão acompanha a decisão de outros nomes importantes, como Adidas, a montadora francesa Renault e vários bancos que suspenderam suas operações em solo russo.
O CEO da Siemens, Roland Busch, emitiu um comunicado sobre a decisão:
“Todos somos movidos pela guerra como seres humanos. Os números financeiros devem ficar em segundo plano diante da tragédia. No entanto, como muitas outras empresas, estamos sentindo o impacto em nossos negócios.”
Sanções prejudicaram a empresa
Além de prejuízo multimilionário, a Siemens também sofreu com outros encargos principalmente em seus negócios de fabricação de trens após as sanções impostas à Rússia por países ocidentais.
Busch acrescentou que outros impactos econômicos são esperados. “Prevemos mais riscos potenciais para o lucro líquido na faixa de milhões, embora não possamos definir um prazo exato”.
Vale ressaltar que as ações da companhia caíram 5% na manhã de hoje após o anúncio. A empresa sediada em Munique, Alemanha, emprega 3 mil pessoas na Rússia, país onde atua há 170 anos.
O país contribui com cerca de 1% da receita anual da Siemens, com a maior parte dos negócios voltados para trabalhos de manutenção e serviço em trens de alta velocidade.
Allianz também deve deixar o mercado russo
A Allianz, que parou de fechar novos negócios na Rússia desde março, pode sair totalmente do país, declarou o CEO da seguradora alemã também nesta quinta-feira.
“Eu definiria a probabilidade como muito alta”, disse o diretor financeiro da empresa Giulio Terzariol quando questionado sobre as chances de encerrar as operações no país.
A companhia ainda confirmou que seus resultados financeiros podem sofrer perdas de 400 a 500 milhões de euros com a descontinuação de suas subsidiárias de seguros na Rússia.
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Fonte: Olhar Digital
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