Apesar de ser proibido no Brasil, o vape se tornou febre entre os adolescentes nos últimos anos. Mesmo parecendo pouco perigoso, tragar esses objetos pode trazer consequências para a saúde a longo prazo. Por conta disso, uma pesquisa avaliou a melhor forma de convencer os jovens a abandonarem o cigarro eletrônico.
O estudo conduzido pela UNC Lineberger Comprehensive Cancer Center avaliou quais mensagens são mais efetivas para fazer os jovens abandonarem o vape. Da mesma forma, a pesquisa também revelou quais fatores mostram esses produtos mais atraentes para esse público.
Pesquisa ajuda adolescentes a abandonarem o vape
Os resultados mostram que mensagens enfatizando os problemas de saúde causados pelo uso do cigarro eletrônico, exibindo imagens negativas são mais eficientes para atingir o público. Além disso, o uso de hashtags e outras características de mensagens “centradas em adolescentes” não ajudam a evitar o consumo desses produtos.
Agora, mensagens com doces, reforçando o sabor do vape foram mais efetivas na hora de incentivar o consumo. “Embora tenhamos antecipado que os anúncios de prevenção de vaping com imagens neutras ou agradáveis não seriam tão eficazes, ficamos alarmados ao descobrir que as mensagens relacionadas ao sabor realmente aumentavam a atratividade do vaping”, disse a primeira autora Marcella H. Boynton.
O estudo contou com a participação de 1501 adolescentes que avaliaram aleatoriamente uma série de 200 anúncios contrários ao uso do cigarro eletrônico. Conteúdos neutros, que destacavam danos ao meio ambiente e utilizavam linguagem jovem foram menos efetivos.
“Cigarros eletrônicos e vaping tornaram-se um grande problema de saúde pública, com o vício em nicotina e outros resultados nocivos aparecendo para os jovens”, explica Seth M. Noar, autor do estudo. “A porcentagem de adolescentes vaping aumentou de cerca de 5% em 2011 para mais de 25% em 2019”, completa ainda. “Essa é uma tendência alarmante, tornando especialmente urgente a compreensão das mensagens eficazes de prevenção de vaping”, finaliza o especialista.
Fonte: Olhar Digital
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