As forças militares ucranianas estão fazendo uso de motos elétricas nos conflitos com as tropas russas. São veículos construídos localmente pela empresa ELEEK.
Encomendado pelas forças da Ucrânia, o modelo especial ELEEK Atom Military apresenta uma velocidade máxima de 90 km/h e pode viajar até 150 km com uma única carga. Pesando 70 kg, sua capacidade de carga útil é de até 150 kg, o que é uma baita ajuda quando você precisa levar armas e munição pesadas.
As e-bikes são dotadas de suspensão e rodas para o off-road, configurações eletrônicas, controle automático de temperatura do motor e bateria, e podem ser carregadas em tomadas comuns de 100 ou 220 V. Contam com um baú, espaço para um segundo passageiro, e USB para carregar aparelhos.
Confira uma apresentação do veículo militar postada pela ELEEK no YouTube:
Valor militar de uma moto elétrica
Que a diferença faz em uma guerra usar uma moto elétrica no lugar de uma convencional? Muita.
Nas redes sociais, a ELEEK compartilha suas considerações sobre a guerra que a Ucrânia vem enfrentando contra a Rússia, demonstrando o uso em situações de visita a locais estratégicos e auxílio às tarefas dos militares.
A moto elétrica é mais leve e portátil que motos movidas a combustão interna (em contraste com carros elétricos, que costumam ser bem mais pesados porque precisam de baterias imensas). Isso ajuda muito quando é precisam ser transportadas por botes infláveis, carros comuns, até na mão, dependendo da situação.
Além disso, elas não tem escapamentos ou um motor quente. Isso as torna invisíveis para os drones russos, que atuam procurando por uma assinatura térmica.
E há uma coisa óbvia: silêncio. Mamuka Mamulashvili, comandante de uma unidade do exército ucraniano formada principalmente por soldados etnicamente georgianos (como ele), disse que solicitou as e-bikes para suas equipes de atiradores.
Era necessário que as motos elétricas entrassem silenciosamente em uma área-alvo, alvejassem o inimigo à distância e depois saíssem rápida e silenciosamente, antes que os russos pudessem responder com ataques de artilharia.
A inclusão de motos elétricas no conflito, demonstrando vantagens, é a história militar sendo escrita. Depois da Ucrânia, é muito provável que outros países acabem se interessando por desenvolver a tecnologia e, quem sabe, parte disso possa beneficiar seu uso civil.
Fonte: Olhar Digital
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