Estudo da McAfee revela que os jovens brasileiros são os que mais utilizam aparelhos eletrônicos no mundo. A pesquisa entrevistou 15 mil pais e mais de 12 mil filhos em dez países. O objetivo era entender como eles se conectam e protegem a si mesmos e seus entes queridos no ambiente online. No Brasil, os pais são os mais preocupados com a vida digital dos seus filhos.
Smartphones: os preferidos das crianças e adolescentes
Segundo o estudo, a taxa de uso de smartphone por adolescentes e jovens brasileiros está na faixa de 96%, bem acima da média global.
Assistir a vídeos inteiros teve um salto de 19%, o mais expressivo em comparação a outras crianças e os jogos e aulas online estiveram 16% e 13% acima da média global.
Pais mais preocupados
Enquanto os filhos passam cada vez mais tempo na frente das telas, a preocupação dos pais também aumenta. Dos 71% que disseram estar preocupados, 39% afirmaram estar “muito preocupados”. No Reino Unido, apenas 11% dos pais afirmaram estar “muito preocupados”.
“Noventa por cento dos pais reconhecem seu papel como protetores online, assim como reconhecem sua responsabilidade de proteger seus filhos no mundo todo. Esses dados visam esclarecer as ações que podem ser tomadas para neutralizar alguns dos riscos em atividades online para crianças”, disse Sachin Puri, vice-presidente de marketing da McAfee.
Tensões entre pais e filhos
De acordo com a pesquisa da McAfee, as tensões entre pais e filhos brasileiros geralmente acontecem por conta do excessivo tempo em que as crianças e adolescentes ficam conectados no smartphone.
Globalmente, surgiram quatro tópicos principais: a maturidade digital dessas crianças; a função dos pais como protetores; as problemáticas envolvidas nas vidas secretas que esses adolescentes possuem na internet e, por fim, a preocupação com viés de proteção de gênero.
Maturidade online X segurança
A pesquisa apontou que o uso da Internet para adultos começa cedo, assim como os riscos que podem surgir. Aos 15 e 16 anos, os adolescentes atingem o ápice no ritmo online e o uso de dispositivos móveis aumenta significativamente, tanto que se aproxima de níveis que levarão para a idade adulta.
Enquanto 56% dos pais disseram que protegem seus smartphones com uma senha ou código de acesso, apenas 42% disseram que fazem o mesmo com o aparelho de seus filhos.
Entretanto, as duas gerações parecem sofrer com problemas de segurança. Tanto pais quanto filhos relataram vazamentos de dados financeiras, o que pode incluir informações bancárias, de cartões de crédito e de débito ou outras de identificação.
No Brasil, 16% dos pais afirmaram ter passado por isso em algum momento — enquanto 4% dos filhos relataram o mesmo.
Privacidade online
O estudo mostra ainda que crianças e adolescentes querem privacidade e proteção enquanto constroem suas vidas conectadas.
Desde limpar o histórico do navegador até omitir detalhes sobre o que estão fazendo online, mais da metade das crianças (59%) agem para ocultar suas atividades online dos seus pais.
Assistir vídeos (YouTube), navegar em sites e ouvir música são as atividades que os pais pensam que seus filhos mais fazem na internet.
Via: Exame
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Fonte: Olhar Digital
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