As autoridades federais dos Estados Unidos estão investigando se um Tesla envolvido em um acidente fatal na semana passada estava com seu Autopilot ativado no momento da ocorrência. No dia 12 de maio, no estado americano da Califórnia, o veículo Model S 2022 bateu em um meio-fio e atingiu equipamentos de construção, resultando em três pessoas mortas e outras três feridas.
O acidente foi adicionado a uma lista com outras 34 ocorrências sendo investigadas pela Administração Nacional de Segurança no Tráfego Rodoviário (NHTSA) do país. Delas, 28 ligadas ao uso de tecnologia avançada de assistência à direção da Tesla. As demais, envolvem sistemas de outras empresas.
Nos 34 acidentes da lista de investigações iniciadas desde 2016, 15 pessoas morreram e pelo menos 15 ficaram feridas. Todas as mortes – exceto uma – ocorreram em acidentes envolvendo carros da Tesla.
Além desses acidentes da lista, a NHTSA está investigando outras ocorrências, incluindo uma série de reclamações sobre o sistema de piloto automático da empresa ter acionado “frenagem fantasma” em altas velocidades sem motivo aparente.
Há dois acidentes envolvendo carros da Volvo sendo investigados pela autoridade americana. Um acidente com o ônibus espacial Navya, dois envolvendo modelos Cadillac, um envolvendo um carro Lexus e outro em que um Hyundai está envolvido. Um dos acidentes da Volvo é referente ao veículo de teste autônomo da Uber que atropelou e matou um pedestre em março de 2018.
Autopilot não dirige completamente sozinho
A NHTSA diz que nenhum veículo motorizado disponível comercialmente pode se dirigir completamente sozinho. A tecnologia mais avançada de piloto automático da Tesla, chamada Full-Self Driving (FSD), é classificada como “Nível 2” pela Sociedade dos Engenheiros Automotivos (SAE) – ou seja, automação de direção parcial, quando há, ao mesmo tempo, controle de velocidade adaptativo e assistente de centralização da pista e que exige sempre um motorista ativo e engajado com a mão no volante.
Nesse sentido, a agência também está realizando uma revisão para determinar se a Tesla está violando outro regulamento do Departamento de Veículos Motorizados (DMV) americano com seu FSD – um que impede as empresas de comercializar seus carros como autônomos quando não são.
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Fonte: Olhar Digital
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