Apple, Amazon, Alphabet, Meta e Microsoft perderam mais de US$ 2,7 trilhões em valor de mercado somente este ano, muito em consequência da crise que se instalou em Wall Street, principalmente no mercado de ações. Trata-se de um valor comparado ao PIB anual da Grã-Bretanha. Sendo as maiores empresas do mundo e detentoras de soluções para as mais variadas situações existentes no dia a dia, as Big Techs não estão de braços cruzados e já começam a adotar medidas alternativas para dobrar essa perda em lucros e presença de mercado. Como?
A Microsoft dobrou o conjunto de bônus dos colaboradores, o Google se comprometeu a contratar mais engenheiros e a Apple destinou US$ 200 mil para seus principais talentos de hardware.
Detentoras dos negócios mais lucrativos do mundo
Apesar da crise financeira que se instalou nos EUA, as gigantes da tecnologia estão otimistas para darem uma reviravolta no atual cenário, com um otimismo que tem como principal embasamento seus campos de atuações: elas detêm os negócios mais lucrativos do mundo.
Mídias sociais, smartphones premium, comércio eletrônico, computação em nuvem, entre muitos outros produtos fazem com que o território desses empreendimentos sejam menos afetados pelo aumento da inflação em comparação a setores tradicionais do varejo, como Walmart e Target.
Nos próximos meses, Microsoft, Google, Apple e Amazon devem aumentar as contratações, comprar mais empresas e alavancar o capital, mesmo diante de uma economia que vivencia uma crise que ainda não tem data para terminar.
“A grande tecnologia pode dizer ‘esqueça a economia’. Eles podem investir durante o ciclo de recessão, disse Richard Kramer, fundador da empresa de consultoria Arete Research, com sede em Londres.
Os planos das grandes empresas contrastam fortemente com uma onda de cortes de gastos que atinge o resto do setor de tecnologia.
Quedas acentuadas nos preços das ações de muitas empresas, como Uber, cujas ações caíram 45%, e Peloton, com as ações em queda de 58%, levaram seus executivos-chefes a cortar empregos ou considerar demissões. As startups estão reduzindo sua força de trabalho à medida que o financiamento de capital de risco diminui.
Crescimento na crise
Esse não é o primeiro exemplo de ousadia em plena crise financeira. De 2008 a 2010, Facebook, Amazon, Google, Apple e Microsoft adquiriram mais de 100 empresas.
Alguns desses acordos se tornaram fundamentais para os negócios, incluindo a aquisição da empresa de chips PA Semi pela Apple, que contribuiu para o desenvolvimento dos seus novos processadores de laptop, e a aquisição da AdMob pelo Google, que ajudou a criar um negócio de publicidade móvel.
“Os grandes ficarão maiores e os pobres ficarão mais pobres”, disse Michael Cusumano, vice-reitor da Sloan School of Management do Massachusetts Institute of Technology. “É assim que os efeitos de rede funcionam.”
Via: The New York Times
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Fonte: Olhar Digital
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