Pesquisadores da Universidade de Helsinki, na Finlândia, investigaram os sintomas da insônia na meia-idade e seus efeitos na memória, capacidade de aprendizado e concentração na maturidade. Para chegar a esses resultados, os voluntários foram acompanhados por períodos entre 15 e 17 anos.

De acordo com o estudo, a insônia pode ser um dos primeiros sintomas de problemas no funcionamento cognitivo na maturidade. Além disso, a pesquisa também mostrou que quanto mais prolongada é a dificuldade para dormir, mais graves são os efeitos na memória e capacidade de aprendizado.

Estudo é o mais longo já feito

Pesquisas anteriores já haviam demonstrado que existem diferentes mecanismos que podem explicar como o sono pode afetar o funcionamento cognitivo. Porém, o maior diferencial deste novo estudo é o longo período em que os voluntários foram acompanhados.

Uma outra descoberta interessante do estudo foi que quando os sintomas de insônia diminuíram ao longo do tempo, o funcionamento cognitivo também foi melhorando durante a maturidade. Enquanto isso, em que não teve melhoras significativas, os problemas cognitivos foram persistentes.

Para os pesquisadores, insônia de longa duração pode ser considerada um fator de risco para mau funcionamento cognitivo na maturidade. Por conta disso, os pesquisadores sugerem que uma intervenção precoce para melhorar a qualidade do sono seria plenamente justificável.

Mas como melhorar o sono?

Insônia. Imagem: Shutterstock
Algumas mudanças simples de rotina podem melhorar a qualidade do sono. Crédito: Tero Vesalainen/Shutterstock

Existem diversas maneiras de prevenir a insônia, como ir sempre para a cama no mesmo horário, evitar telas na hora de dormir, não consumir alimentos que demoram para ser digeridos à noite e realizar exercícios físicos durante o dia.

Contudo, a líder do estudo, a professora Tea Lalluka, acredita que ainda são necessários novos estudos de intervenção para verificar quais são os efeitos das medidas contra a insônia na saúde cognitiva de longo prazo.

“Em estudos posteriores, seria interessante esclarecer, por exemplo, se o tratamento da insônia também pode retardar o desenvolvimento de distúrbios de memória”, diz Lallukka. A pesquisadora ressalta que apenas sintomas de problemas autorrelatados foram levados em consideração no atual estudo.

Via: Medical Xpress

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