Um novo algoritmo criado pela empresa de inteligência artificial Zone7 está sendo usado para que times de futebol, da NBA (National Basketball Association) e da NFL (National Football League) detectem riscos de lesões de seus atletas.
A empresa criada por Tal Brown e Eyal Eliakim, dois israelenses que serviram na divisão de tecnologia de elite das forças armadas, está sediada no Vale do Silício, na Califórnia.
A Zone7 afirma que usa milhares de parâmetros de dispositivos vestíveis, incluindo coletes GPS, além de estatísticas de sprint no jogo, métricas de sono e biomarcadores para prever o risco de lesões. Segundo a empresa, é possível detectar com precisão 70% das lesões sete dias antes de acontecerem usando algoritmos baseados nos dados que coleta.
“Às vezes, o risco pode significar uma redução na carga de trabalho – menos execução de um tipo específico, como sprint. Às vezes, um jogador pode ser mal treinado e pode ser necessário trabalho adicional. O software pode simular cenários ideais no dia a dia para que os jogadores estejam em tendência para o seu pico e o risco de lesões seja minimizado”, afirmou Brown ao jornal britânico The Telegraph.
Getafe e Liverpool são exemplos
Um dos primeiros clubes de futebol a usar o algoritmo da Zone7 foi o Getafe, da Espanha. De acordo com a empresa, nos cinco anos de parceria, entre 2017 e 2020, o time teve uma redução de 70% no número de lesões musculares sofridas e, na temporada 2018/19, teve o menor número de lesões resultando em partidas perdidas por seus atletas entre os 20 clubes do Campeonato Espanhol.
“O futebol se tornou muito rico em dados e, se você puder extrair um valor profundo destas informações, poderá ter uma vantagem competitiva. Isso já está muito bem estabelecido na área de identificação de talentos e agora está começando a acontecer na medição e na tentativa de otimizar o bem-estar e o desempenho dos jogadores”, destacou Tal Brown.
O Liverpool é o principal parceiro da Zone7 atualmente. A empresa afirma que, na temporada 2020/21, reduziu quase pela metade os dias perdidos por seus atletas devido a lesões substanciais, que deixam os jogadores mais de 9 dias sem poder jogar.
“O Zone7 tem sido um recurso útil nos últimos nove meses, apoiando nossos sistemas internos de monitoramento de carga para ajudar a otimizar o nível de atendimento que a equipe médica e de condicionamento físico fornece a cada jogador diariamente”, disse Conall Murtagh, preparador físico do Liverpool.
“Os recursos inovadores da plataforma, sustentados pela inteligência artificial, têm a capacidade de aproveitar todas as formas de dados de desempenho do atleta. É um desenvolvimento muito empolgante para o futuro gerenciamento de carga de jogadores de futebol de elite. Esperamos que o serviço se expanda para cobrir nossas equipes femininas e sub-23″, completou Murtagh.
“O Liverpool tem sido um verdadeiro pioneiro na adoção da ciência de dados em várias funções”, exaltou Tal Brown.
Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!
Fonte: Olhar Digital
Comentários