Três pesquisadores publicaram na revista Physical Review Letters nesta semana que existe um “mundo espelho” que afeta a gravidade do nosso universo. De acordo com eles, a hipótese é baseada na Constante de Hubble, taxa na qual o universo se expande.

As previsões para essa taxa – do modelo padrão da cosmologia – são significativamente mais lentas do que a taxa encontrada por medições locais mais precisas. “Isso pode fornecer uma maneira de entender por que parece haver uma discrepância entre as diferentes medições da taxa de expansão do Universo”, disseram os cientistas em comunicado.

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“Basicamente, apontamos que muitas das observações que fazemos em cosmologia têm uma simetria inerente ao redimensionar o universo como um todo. Isso pode fornecer uma maneira de entender por que parece haver uma discrepância entre as diferentes medições da taxa de expansão do Universo”, completaram.

O desafio é fazer isso sem arruinar o acordo entre as previsões do modelo padrão e muitos outros fenômenos cosmológicos. O raciocínio dos pesquisadores é que, se o universo está explorando de alguma forma o que sabemos sobre sua física e simetria, pode haver um mundo espelho invisível muito semelhante ao nosso, mas invisível, exceto pelo impacto gravitacional em nosso mundo.

“Isso pode parecer loucura, mas esses mundos espelho têm uma grande literatura de física. Nosso trabalho nos permite vincular, pela primeira vez, essa grande literatura a um importante problema em cosmologia”, afirmou Francis-Yan Cyr-Racine, coautor do estudo, no comunicado.

Ele acrescentou que “a ideia do mundo espelho surgiu pela primeira vez na década de 1990, mas não foi reconhecida anteriormente como uma solução potencial para o problema constante do Hubble”.