Durante uma expedição no Oceano Pacífico, um ROV (sigla em inglês para veículo operado remotamente) flagrou uma criatura bem esquisita nadando a cerca de 2,2 mil m de profundidade. O animal se assemelha a uma sacola plástica transparente, e o que mais chama atenção em sua aparência são suas “tripas de Cheetos”.
Segundo os biólogos do Fundo de Exploração Oceânica Nautilus, uma organização sem fins lucrativos dedicada à exploração científica dos nossos oceanos, trata-se de uma espécie desconhecida (não catalogada) de pepino marinho. Ela foi vista nos arredores do Monumento Nacional Marinho das Ilhas Remotas do Pacífico, a sudeste de Honolulu, capital do Havaí.
Também chamados de holitúrios, os pepinos marinhos são um grupo bem diversificado, com muitas espécies distribuídas pelo Pacífico Central. Segundo Megan Cook, diretora de educação e divulgação da entidade, o espécime avistado pelo ROV ligado ao navio de pesquisa E/V Nautilus pertence a uma família chamada Elpidiidae.
Esses pepinos do fundo do mar são catadores que se alimentam de uma “chuva” de células da pele, cocô e pedaços de animais mortos que vão parar no fundo do oceano.
Muitas espécies da família Elpidiidae têm apêndices que se parecem com barbatanas ou velas que os permitem nadar por curtas distâncias. Quando está com fome, o animal desliza pelo fundo do mar, usando seus tentáculos pegajosos – a franja vermelha ao redor de sua boca – para coletar o alimento, que é digerido no intestino laranja brilhante, aproveitando o material orgânico e excretando a areia não comestível.
O fundo do oceano é o maior sistema de retenção de carbono da Terra, com material orgânico rico em carbono sendo recolhido por seus habitantes, como os pepinos marinhos, e permanecendo nas profundezas do oceano por longos períodos de tempo.
“Eles são grandes catadores/recicladores no fundo do mar”, disse Cook, em entrevista ao site Live Science.
Algumas espécies de pepino marinho podem ejetar seus sistemas digestivos regeneráveis através do ânus quando assustadas, uma técnica que muitas vezes permite que esses animais consigam escapar de predadores famintos. Não se sabe se é o caso da nova espécie do vídeo.
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Fonte: Olhar Digital
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