Durante uma reunião realizada na segunda-feira (23), em Tóquio, o presidente dos EUA, Joe Biden, e o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, reforçaram o compromisso entre as duas nações de que a NASA vai enviar astronautas japoneses à Lua em missões tripuladas do Programa Artemis.
De acordo com comunicados emitidos pela Casa Branca e pela agência espacial norte-americana, os dois líderes acordaram que um representante do Japão irá visitar a futura estação espacial lunar Gateway. Além disso, há uma “ambição compartilhada” de colocar um astronauta japonês na superfície da Lua.
“Estou animado com o trabalho que faremos juntos na estação Gateway ao redor da Lua e estou ansioso para que o primeiro astronauta japonês se junte a nós na missão para a superfície lunar sob o programa Artemis”, declarou Biden.
Isso faz parte de um conjunto de acordos entre o Japão e os EUA em assuntos que vão desde redes celulares 5G e cibersegurança até colaborações científicas e tecnológicas.
“A aliança EUA-Japão é a pedra angular da paz e da estabilidade na região do Indo-Pacífico – e nossa relação está mais forte do que nunca. Encontrei-me com o primeiro-ministro Kishida para aprofundar nossa cooperação em segurança, tecnologias emergentes, energia limpa e muito mais”, publicou Biden no Twitter.
Mais de 4,1 mil japoneses se inscreveram no último processo seletivo de astronautas da JAXA
O Japão já é um grande explorador espacial. Em dezembro de 2020, por exemplo, a Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (JAXA), por meio da missão Hayabusa 2, trouxe uma amostra do asteroide Ryugu para a Terra. Além disso, a JAXA é parceira de longa data da Estação Espacial Internacional (ISS), sendo mais conhecida, talvez, por seu módulo científico Kibo e sua tecnologia de braço robótico. E ainda este ano, o astronauta veterano Koichi Wakata se tornará a primeira pessoa japonesa a se juntar a uma missão SpaceX Dragon para a ISS.
De acordo com o jornal Japan Times, o país está procurando reciclar seu corpo de astronautas. Em 2021, a JAXA abriu seu primeiro recrutamento em 13 anos, que atraiu 4.127 candidatos interessados na oportunidade.
Por sua vez, os EUA estão ampliando rapidamente seu trabalho espacial na Ásia. No último sábado (21), Biden e o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, realizaram uma cúpula em Seul, durante a qual o governante americano concordou em expandir suas colaborações “em todos os setores de cooperação espacial”, de acordo com o SpaceNews.
O país pretende aprofundar suas parcerias espaciais com o Japão, que é um dos 19 signatários dos Acordos Artemis, por meio de um tratado que deve ser implementado ainda em 2022 e que, segundo a Casa Branca, “expandirá a cooperação bilateral por décadas para se deparar com uma ampla variedade de atividades de exploração espacial, científica e de pesquisa”.
Ainda não foram divulgados detalhes sobre essa colaboração entre as duas nações, mas o monitoramento climático da Terra pode fazer parte disso, já que essa atividade foi destacada na nota técnica oficial da Casa Branca. “Os EUA e o Japão estão cooperando para usar dados de observação da Terra para melhorar nossa capacidade de prever como nosso clima está mudando”.
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Fonte: Olhar Digital
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