Pesquisadores da China iniciaram experimentos de reprodução de sementes que foram desenvolvidas no espaço, durante cerca de seis meses, pelos taikonautas da missão Shenzhou-13.
Ao retornar à Terra em 16 de abril, após passar 183 dias no módulo Tianhe da estação espacial chinesa Tiangong (um tempo recorde para o país), a tripulação trouxe as 12 mil sementes, que passaram por um processo de exposição à radiação cósmica e à microgravidade.
Por meio desse processo, os grãos (incluindo alfafa, aveia e fungos) sofrem mutações genéticas que proporcionaram a geração de novas espécies quando plantados.
De acordo com a agência estatal de notícias Xinhua, os testes de reprodução espacial foram realizados em todas as missões de voo durante a fase de verificação tecnológica essencial do projeto do laboratório orbital chinês. Milhares de sementes de culturas e microrganismos de 88 organizações foram levados para o espaço e devolvidos à Terra pelas missões Shenzhou-12 e Shenzhou-13.
Pesquisadores da M-Grass, uma empresa de tecnologia na região autônoma da Mongólia Interior, realizaram experimentos em seis cepas de grama da Shenzhou-13. É a segunda vez que a empresa envia sementes para o espaço, após o retorno das mutações de espectro de grama com a sonda lunar Chang’e-5, em 2020.
“Após mais seleção e plantio, variedades de sementes superiores serão usadas para restauração ecológica e construção de paisagens urbanas”, disse Liu Siyang, pesquisador sênior da M-Grass.
Além do processo de desenvolvimento das sementes, os taikonautas da missão Shenzhou-13, Zhai Zhigang, Ye Guangfu e Wang Yaping desenvolveram uma série de outras funções durante sua estadia na estação espacial. Eles foram os responsáveis, por exemplo, pela acoplagem da nave de carga Tianzhou-2, em janeiro, usando controles manuais.
Outro marco importante da missão é que essa foi a primeira vez que uma mulher foi para o complexo orbital da China. Wang Yaping também foi a primeira astronauta do país a fazer uma caminhada espacial.
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Fonte: Olhar Digital
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