O preço das ações da BYD atingiu US$ 42,54 (R$ 202,44) nesta semana e, com isso, a montadora chinesa agora vale em torno de US$ 113,15 bilhões (R$ 538,45 bi), tornando-se a terceira companhia automotiva mais valiosa do mundo. Os números são da plataforma Companies’ Market Cap, que calcula informações do mercado financeiro internacional diariamente.
A Volkswagen ocupa a quarta posição, avaliada em US$ 106,16 bi (R$ 505,18 bilhões), enquanto o valor de mercado da Toyota, a segunda colocada, chega a US$ 221,32 bilhões (R$ 1,05 trilhão), um número que é mais do que as montadoras alemã e chinesa juntas. A Tesla é a líder no ranking com US$ 734,53 bilhões (aproximadamente R$ 3,5 trilhões).
Não é tão dificil entender o porquê da BYD estar indo bem. Seu último veículo, o Seal, vendeu 22.637 unidades em menos de seis horas após a abertura de reservas na China. A própria montadora divulgou o resultado surpreendente, que equivale a quatro meses de produção.
A BYD possui um alto nível de verticalização: ela mesma produz seus semicondutores, baterias e outros componentes — a montadora chinesa fabricou até máscaras durante a pior parte da pandemia de Covid-19. Desta forma, a empresa não precisa esperar que seus fornecedores entreguem quase nada. Com a plataforma eletrônica 3.0, as baterias Blade e uma nova linha de carros elétricos atraentes, a única restrição para a equipe chinesa é chegar a novos mercados.
Problemas em fábrica no centro-sul da China não atrapalharam produção
A única notícia ruim para a BYD, no entanto, se deu no último dia 9, quando a produção em Changsha, centro-sul da China, teve que ser paralisada. Segundo informações do CLS, moradores próximos da fábrica começaram a reclamar de hemorragias nasais, náuseas, tosse e tontura. Desta forma, o comitê do Partido Comunista em Changsha decidiu estabelecer uma equipe de investigação para entender o problema, enquanto a empresa teve que suspender as atividades para retificação.
De qualquer forma, isso não deve afetar a BYD de forma significativa, já que os veículos produzidos em Changsha também são feitos em outras plantas da montadora: no caso, o hatch e2 e seu sedã irmão e3, o sedã compacto Qin Plus DM-i, o monovolume Song Max DM-i, o utilitário Yuan Pro e a linha de ônibus elétricos K. É uma situação completamente diferente da Tesla, que, sem a fábrica em Xangai, sofre uma dura falta nas entregas do Model 3 e do Model Y.
No Brasil, a BYD esgotou o primeiro lote do sedã elétrico Han EV em 30 dias. Apresentado no fim do mês passado, o carro custa em torno de R$ 540 mil e chega às concessionárias neste segundo semestre. A montadora chinesa lançou ainda o utilitário de 7 lugares BYD Tan por aqui, saindo por em torno de R$ 520 mil.
Crédito da imagem principal: BYD/Divulgação
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Fonte: Olhar Digital
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